Uma ligação telefônica do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) na madrugada de 31 de janeiro chamou a atenção de Adrianne Oliveira Santos, de 40 anos. A massoterapeuta recebeu a informação que seu marido havia sofrido um acidente de trânsito em São João de Meriti e estava na emergência. Preocupada, se dirigiu à unidade de saúde e foi encaminhada ao Núcleo de Acolhimento ao Familiar (NAF), espaço em que os familiares recebem informações sobre os pacientes. Pôde ver e conversar com o marido, que continua internado, além de receber, diariamente, o apoio necessário.
“Recebi todas as informações possíveis da parte médica naquele momento. Consegui encontrar ele ainda consciente no dia do acidente e falamos um pouco. De lá para cá, caso eu precise de alguma informação, venho ao NAF para conversar e entender o que está acontecendo com meu marido” ressalta ela. “Até hoje, a acessibilidade e a receptividade do hospital têm sido muito boas”, completa.
Em apenas quatro meses o NAF, que passou por reformas de melhoria, já realizou mais de 8 mil atendimentos aos familiares ou acompanhantes. O setor expandiu seu atendimento por meio do projeto Acolher, que cuida das necessidades individuais de cada pessoa. Essa combinação tem trazido resultados positivos para quem frequenta o HGNI diariamente.
“Ninguém está preparado para saber que seu parente foi para o hospital devido a uma emergência. O NAF, através do projeto Acolher, busca ampliar a comunicação com esse familiar ou acompanhante, entendendo de que forma pode ajudar. Tem trazido resultados importantes”, destaca o secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, Luiz Carlos Nobre Cavalcanti.
O setor, que funciona durante vinte quatro horas em todos os dias, conta com profissionais administrativos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais prontos para atender. É neste espaço que os médicos conversam com os familiares sobre o quadro de saúde do paciente. Também são repassadas orientações gerais, liberação para acompanhantes, horários das visitas, notícias de óbitos, além de outras demandas individuais que possam surgir e são acompanhadas pela equipe do projeto Acolher.
“A combinação entre o NAF e o projeto Acolher tem modificado a nossa capacidade de solucionar problemas. Tem sido fundamental para gente manter a harmonia na relação entre médico, paciente e família com uma comunicação clara e direta. Nossa expectativa é expandir o projeto para outros setores do hospital com foco em ampliar o acolhimento, que é um pilar fundamental nos serviços de saúde”, explica o diretor-geral do HGNI, Ulisses Melo.
‘Somos assistidos o tempo todo’
A cabeleireira Flávia Colaro de Lima, de 43 anos, passou por um momento de nervosismo no dia 6 de fevereiro, quando seu pai, de 76, sofreu um infarto. O idoso passou pela sala vermelha, teve sua situação de saúde estabilizada pelas equipes médicas, mas continua internado. Ela ficou surpresa com o acolhimento oferecido pelo HGNI e explicou que isso tem sido o diferencial neste momento de tensão pelo qual a família está passando.
“Essa parte do acolhimento que o hospital fez, para mim, foi sensacional. Somos assistidos o tempo todo. Temos atenção do assistente social, do médico, dos atendentes que comigo foram sempre excepcionais. Eu estou muito satisfeita pois estão dando o suporte que preciso”, revela.
Moradora de Mesquita, a aposentada Maria Carneiro Estrela, de 73 anos, acompanha seu marido, de 76, desde o dia 18 de janeiro. Além do acesso como acompanhante à enfermaria, ela também busca informações no NAF e só tem elogios.
“Aqui está sendo ótimo. Sou muito bem tratada, sei o nome de várias enfermeiras, fiz uma amizade enorme aqui dentro do hospital. Não tenho queixas. É importante as informações que os atendentes repassam”, completa.