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Orquestra Sinfônica apresenta compositores do período romântico no Centro Cultural São Francisco

A Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa apresenta, nesta sexta-feira (10), o VIII concerto oficial da temporada 2023. Os músicos, comandados pelo maestro Nilson Galvão, vão destacar o período romântico, com obras dos compositores alemães Johannes Brahms e Franz Schubert. O concerto é realizado no Centro Cultural São Francisco, no Centro Histórico da cidade, a partir das 19h.  

O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, lembra que há quase dois anos, a Fundação realiza atividades da Orquestra Sinfônica Municipal no Centro Cultural São Francisco, lugar que considera muito importante para a cidade de João Pessoa e para a cultura brasileira.  

“O fato de a Orquestra estar sempre presente ali agrega um valor extremamente importante para história da cultura barroca no Brasil, mas, sobretudo, oferta ao morador e ao turista que nos visita, a música de qualidade executada por uma orquestra composta por músicos e musicistas extremamente qualificados e que garante uma diversão e uma informação estética de alto valor em nossa cidade”, acrescenta.  

Nesse concerto, a Orquestra prima por dois compositores da tradição germânica do período romântico. A primeira obra da noite será a Abertura Trágica, do compositor alemão Johannes Brahms, e a segunda peça da noite é a Sinfonia número 3 em Ré Maior, do compositor austríaco Franz Schubert.  

O maestro Nilson Galvão explica que a Abertura Trágica, como o próprio título sugere, traz essa característica do pesar, daquilo que não, necessariamente, é triste, mas é pesado, denso, algo de reflexão. Não é o trágico como se costuma ver em novelas, mas aquele do dia a dia, de coisas simples que podem ser trágicas dependendo de quem está vivendo ou sentindo.  

“Tem essa coisa do sentimento, mas um pouco mais generalizado. Não é especificamente baseado num conto ou em algo específico. Brahms quis trazer essa ideia mais do pesar, não de sofrimento, mas que é difícil e precisamos ter algum elemento de luto no trecho. Poderia também ser interpretado por uma lembrança quase que nostálgica de algo que foi vivido. Acredito que o público vai gostar muito dessa energia”. A peça dura entre 13 e 15 minutos e tem uma sonoridade muito grande, tradicional da cultura germânica desse período.  

A segunda peça é completamente diferente, embora também de um compositor alemão do mesmo período, início do romantismo. É leve, fazendo um contraste cheio de vivacidade. A própria tonalidade, o Ré Maior, é alegre e vibrante.  

Galvão observa que os instrumentos de corda soam muito bem nessa tonalidade e traduz a peça como bem espirituosa e um pouco caprichosa em alguns momentos. O primeiro movimento tem a característica de mostrar energia. Começa lenta e depois fica rápida. “Tem um segundo movimento que, normalmente, nessas sinfonias, costuma ser bem lento, mas esse é um allegretto, um lento bem movido, chegando até a ser um pouco dançante”, ressalta.  

O terceiro movimento é uma dança francesa dançada nos palácios, o minueto. E o quarto é um presto, rápido com características bem virtuosas dos instrumentistas. “É leve, uma tarantela italiana e termina nessa nota dançante, bem para cima, uma forma de fazer uma justaposição com a primeira obra que tem essa coisa pesada. Fizemos de propósito para termos um balanço de emoções durante o concerto. Acredito que o nosso público vai curtir bastante”, acrescenta o maestro.

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