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Professora do IFSP recebe prêmio por projeto de combate ao racismo – IFSP

Projeto de docente do Campus Avaré foi premiado pela Fundação Carlos Chagas 

O projeto “ Semiótica e consciência negra: propostas de ensino e desdobramentos”, desenvolvido pela docente Eva Cristina Francisco, do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), Campus Avaré, está entre os três vencedores da 13ª edição do Prêmio Professor Rubens Murillo Marques, promovido pela Fundação Carlos Chagas (FCC). A iniciativa exalta experiências formativas propostas e realizadas por docentes dos cursos de licenciatura na formação de professores para a educação básica.

A premiação foi conquistada por meio de um relato de experiência sobre uma prática docente que teve origem em um projeto de Iniciação Científica e se desdobrou para outras instâncias como a sala de aula e o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). A proposta do projeto é abordar a temática da consciência negra por meio da teoria dos signos, vislumbrando práticas inovadoras e exitosas para a formação de docentes da área de letras.

Professora do curso de licenciatura em Letras/Espanhol, Eva detalha que a iniciativa se trata de uma sistematização do ensino de Semiótica, mostrando sua aplicabilidade em atividades de leitura e interpretação. Segundo ela, essa sistematização vem sendo desenvolvida desde 2021, e contempla a formação inicial e continuada de docentes, a articulação de teoria e prática, bem como a integração de tudo isso no combate ao racismo estrutural por meio da educação, já nos anos iniciais.

Quanto aos resultados já observados, durante a execução do projeto, a professora conta que a prática tem gerado uma maior conscientização e reflexão acerca das relações étnico-raciais e o desenvolvimento do aluno enquanto docente em formação, com aprimoramento da habilidade de leitura de textos multissemióticos. A iniciativa também já gerou a produção de materiais que podem ser replicados para docentes da área, tais como sequências didáticas e planos de aula.

No que diz respeito ao prêmio, Eva acredita que a conquista traz a possibilidade de divulgar o trabalho que vem sendo desenvolvido institucionalmente. “É gratificante poder disseminar o trabalho que desenvolvemos enquanto instituição, em especial no combate ao racismo”, diz. Vale lembrar que o IFSP foi o único instituto federal premiado. A cerimônia de premiação será realizada remotamente no dia 24 de novembro.

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