Trata-se de Aluísio Francisco da Luz, o Índio, atacante da época de 1950. As duas obras feitas em sua homenagem destacam a sua importância na formação do Brasil hegemônico no futebol.
Nascido em Cabedelo, Paraíba, o Índio foi um dos atacantes mais marcantes da história do Flamengo. Ele morreu em abril de 2020 aos 89 anos, como o décimo artilheiro do Rubro-Negro, com 144 gols.
A sua trajetória destaca-se principalmente por ter sido o primeiro paraibano a vestir a camisa da Seleção Brasileira e disputar uma Copa do Mundo, na Suíça em 1954.
Ainda assim, tanto o livro, cujo lançamento está previsto para o mês de junho, quanto o documentário, a ser publicado em outubro, fazem foco no ano de 1957 conforme o projetado por Fábio Henrique e Nelson Meira.
Mas, por que é que as homenagens se focam nessa data? Acontece que, naquele ano, Índio já era jogador titular da Seleção Brasileira, que estava disputando o período de eliminatórias da Copa do Mundo.
Apenas compartilhando grupo com Peru e Venezuela, esse último país desistiu de participar, virando o panorama numa espécie de mata-mata entre os restantes para definir quem faria parte do Campeonato Mundial do ano seguinte, na Suécia: cenário da primeira Copa do Mundo conquistada pela verde-amarela.
Foi nessas eliminatórias que o Índio teve um papel fundamental para a classificação do Brasil: na partida de ida, marcando o gol que fecharia o encontro em empate (1 a 1), e no jogo de volta, com um bom desempenho que, junto com o gol de Didi, os levou para a vitória garantindo a vaga para o Mundial.
Como explicou Fábio Henrique: “Imagina se o Brasil não vai para a Copa de 1958. Será que seria o que se tornou? Será que surgiria Pelé? O ano de 1957 foi muito importante para o que se tornou o futebol brasileiro, e o Índio foi fundamental nas partidas contra o Peru.”
De acordo com a ideia dos diretores, o futebol brasileiro e os jogos de hoje são muito competitivos e recebem grande influência da participação do paraibano na época. As apostas esportivas se tornaram muito populares e os fãs de esportes encontram grande entretenimento nelas.
A presença dos paraibanos na Seleção Brasileira
A chegada do Índio na Seleção Nacional foi só o começo, e marcou o início da trajetória de -até agora- 12 paraibanos convidados para vestir a camisa amarelinha.
Confira aqui a lista completa:
- Júnior ou Leovegildo Lins Gama Júnior (ex-jogador)
- Bilica ou Fábio Alves da Silva (Forte Rio Bananal)
- Durval ou Severino dos Ramos Durval da Silva (zagueiro – ex-jogador)
- Douglas Santos ou Douglas dos Santos Justino de Melo (lateral-esquerdo – Zenit)
- Mazinho ou Iomar do Nascimento (meio-campista ou lateral-direito – ex-jogador)
- Assis Paraíba ou Francisco de Assis Silva (ex-jogador)
- Marcelinho Paraíba ou Marcelo dos Santos (meio-campista – ex-jogador)
- Givanildo Vieira de Sousa, também chamado de Hulk (centroavante – Atlético Mineiro).
- Matheus Cunha (centroavante – Atlético de Madrid).
- Santos ou Aderbar Melo dos Santos Neto (goleiro- Flamengo).
- Arthur ou Arthur Mendonça Cabral (centroavante – Fiorentina)