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Prefeitura do Rio lança projeto da Rua da Cerveja no Centro – Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro

Lançamento do Reviver Rua da Carioca – Hugo Barreiro / Divulgação

A cidade do Rio vai ganhar uma Rua da Cerveja. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação, Chicão Bulhões, e o presidente da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), Gustavo Guerrante, lançaram nesta quarta-feira (20/09), no Palácio da Cidade, o “Reviver Rua da Carioca”, programa que transformará a tradicional via do Centro em um local repleto de fábricas da bebida e brewpubs (local onde ela é produzida, comercializada e consumida). O objetivo é reabrir lojas e devolver à vida um endereço histórico da capital.

A Prefeitura do Rio, nos moldes do Reviver Centro Cultural, vai dar um subsídio para atrair esses empresários à região – será aberto edital para chamamento dos donos dos imóveis que queiram alugar seus espaços e um edital para selecionar as cervejarias que estejam interessadas em se instalar no local. O repasse será de R$ 1.000 por m² para reforma e de R$ 75 por m² para despesas mensais, considerando um teto para imóveis de até 200m². Os repasses mensais duram entre 30 e 48 meses.

– Nessa caminhada aqui da Prefeitura, o ponto central é a recuperação do Centro da Cidade, porque tem toda a infraestrutura, tem capacidade de crescer. Além de ser o berço do país, é fundamental para a economia da cidade. Estamos aprovando incentivos, várias mudanças urbanísticas, para que possamos ver o Centro Reviver e ver a sua retomada – avaliou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio, Chicão Bulhões.

O projeto também possibilita a preservação do patrimônio histórico, já que a maior parte dos imóveis da Rua da Carioca é tombada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac). A história da rua começa no século XVII (1697), segundo o Inepac. Já o nome atual remonta do ano 1848, pois a rua ficava no caminho do Chafariz da Carioca. Com comércio sempre pujante, a economia local sofreu mais fortemente com a pandemia, com o fechamento de aproximadamente 50% das lojas da rua.

Os secretários da Casa Civil, Eduardo Cavaliere; da Saúde, Daniel Soranz; da Coordenação Governamental, Jorge Arraes; de Integridade, Transparência e Proteção de Dados, Rodrigo Corrêa, e de Diversidade Religiosa, Sergio Fernandes; os subprefeitos do Centro, Alberto Szafran, e da Zona Sul, Flávio Valle, e a presidente do IRPH, Laura de Blasi, entre outras autoridades, também estiveram presentes ao lançamento do programa.

Segundo os cálculos da SMDEIS, a Rua da Cerveja deve movimentar R$ 222 milhões em 4 anos e gerar uma massa salarial (soma dos salários) de R$ 41,8 milhões, no mesmo período. A expectativa é que sejam criados 500 novos empregos. Outro dado relevante é que no estado do Rio há 120 cervejarias registradas, que possuem quase 4 mil produtos e geram mais de 5 mil empregos. Além disso, com a Lei de Liberdade Econômica (LLE) e o Alvará a Jato, a cidade do Rio se tornou a única capital do Brasil que classifica a produção de cerveja como de baixo risco, para empreendimentos de até 200m2.

Bruno Mansur, sócio-diretor da cervejaria Hocus Pocus, destacou que após a aprovação da LLE viu surgir cervejarias menores em Botafogo, na Lapa e na Barra, o que ele considerava impensável quando foi aberta a fábrica da marca, entre 2017 e 2018, em Três Rios, apesar de o produto ter surgido no Humaitá.

– A multiplicação desse tipo de modelo de negócio é muito positiva para o setor e para a cidade do Rio de Janeiro, para que sejam identificados como um berço dessa revolução cervejeira. A gente inaugurou nosso bar em 2016 e vimos a diferença que faz ter um local onde você consegue transmitir a experiência completa para o consumidor. Isso foi fundamental para a trajetória da Hocus Pocus, para a gente chegar onde a gente está hoje e continuar crescendo – analisou Mansur.

O Reviver Rua da Carioca também será mais um incentivo para atração de moradores ao Centro, segundo o presidente da CCPar, Gustavo Guerrante. A empresa pública trabalha na revitalização do Porto Maravilha, vizinho ao bairro central da cidade, onde estão sendo erguidos sete novos residenciais e está nascendo o Porto Maravalley, projeto em parceria com a SMDEIS.

– Na fronteira do Porto Maravilha com o Centro da Cidade a gente já tem uma grande vitória recente, que foi a compra e a venda em pouco tempo do Edifício A Noite, que no início do ano que vem vai ser uma ocupação residencial. É um conjunto de atividades, uma série de iniciativas da Prefeitura, e esse esforço de mostrar que o Centro é um lugar agradável para morar, que vai ter área de lazer – relatou Guerrante.

As lojas inscritas no projeto precisam estar vazias e ser de fachada ou ter algum contato com a rua. Já as cervejarias precisam produzir e comercializar seus rótulos, propor atividades e eventos que envolvam o público e funcionar à noite e aos finais de semana. As inscrições de imóveis e projetos podem ser feitas na sede da CCPar, na Rua Sacadura Cabral 133, Saúde, em 30 dias corridos após a publicação do edital, que estará disponível AQUI, a partir desta quinta-feira (21/09).

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