Foi iniciada neste sábado (8/6), a criação do primeiro Corredor Verde da Zona Norte, em Irajá. A intervenção tem o objetivo de mitigar os impactos de calor sofridos na região, que está na lista das ilhas de calor da cidade. A primeira fase do projeto prevê o plantio nos primeiros dois quilômetros da Estrada da Água Grande e vai até a Avenida Meriti, em Vista Alegre.
Os espaços servem como protetores da biodiversidade local e auxiliam na redução da poluição atmosférica e sonora. O projeto prevê ainda implantação de canteiro central e arborização ao longo das calçadas nas avenidas Meriti e Brás de Pina, com previsão para início no segundo semestre, nas próximas fases do projeto.
O bairro de Irajá está entre os que apresentam as mais altas temperaturas na cidade durante o verão. De acordo com o Sistema Alerta Rio, em novembro de 2023, a temperatura ultrapassou os 42ºC. Outras áreas da cidade que também podem ser identificadas como ilhas de calor são o Complexo do Alemão, Complexo da Maré, Guaratiba, Bangu, Ramos e Pavuna.
Segundo a secretária de Meio Ambiente e Clima Eliana Cacique, esta é a primeira das cinco fases do projeto Corredor Verde.
– A intenção é estender o plantio de árvores em todo esse território para mitigar as zonas de calor, da Estrada da Água Grande até o Cimento Branco, em Vista Alegre, e por outras ruas da região. A segunda e terceira fases, que incluem as avenidas Meriti e Brás de Pina, estão previstas para julho – disse a secretária, que participou do plantio de uma muda de árvore em frente à Praça Nossa Senhora da Apresentação.
Os corredores verdes são áreas de vegetação planejadas dentro de ambientes urbanos, projetados para conectar espaços verdes maiores, como parques, reservas naturais ou áreas de conservação. No projeto em Irajá, serão plantadas mudas de escumilha, que são árvores de floração vasta, de porte médio, que além da boa resistência e rápido crescimento, produz ótimo sombreamento.
A escolha da espécie das árvores foi definida através da capacidade da mesma em se adaptar a esse ambiente. Limitantes como larguras de calçadas, rede de distribuição de energia e terreno pouco amistoso à vegetação em boa parte do trecho, foram determinantes para que a escumilha fosse a escolhida.
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