A Fazenda Soberana, em Bocaina de Minas, é a primeira propriedade do Sul do estado a conquistar o Certifica Minas Leite, documento do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) que garante padrões rigorosos de produção.
A certificação atesta que a fazenda possui boas práticas agropecuárias, manejo adequado do rebanho e excelência na produção, agregando valor ao leite, impulsionando a competitividade do setor e reforçando a segurança alimentar do consumidor em Minas Gerais, maior bacia leiteira do Brasil.
Em 2023, o estado produziu mais de 9,4 bilhões de litros de leite, mantendo-se na liderança nacional do setor, segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).
Colhendo frutos após dedicação intensa
A conquista da certificação de leite durou cerca de um ano e meio, com o IMA acompanhando de perto cada etapa. A equipe da Fazenda Soberana passou por uma jornada intensa, reestruturando a gestão da propriedade e implementando melhorias para atender aos critérios exigidos pelo programa.
A dedicação deu resultado e a propriedade atingiu 99,4% de conformidade, um índice excepcional que reflete o compromisso com a qualidade e a excelência na produção.
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Ética, competição e segurança para os consumidores
Para obter o Certifica Minas Leite, a propriedade passa por auditorias detalhadas que analisam desde a nutrição e sanidade do rebanho até a rastreabilidade da produção. O manejo animal é um dos pontos avaliados, garantindo que as práticas adotadas respeitem o bem-estar dos animais. A infraestrutura da fazenda, como as instalações de ordenha e armazenamento do leite, deve seguir padrões rigorosos de higiene e segurança. Outro critério é o compromisso com a sustentabilidade e a responsabilidade social.
A certificação exige que a fazenda adote práticas agropecuárias sustentáveis, com gestão ambiental eficiente, garantindo o uso racional dos recursos naturais e a destinação correta dos resíduos. Além disso, o programa reforça o compromisso com o trabalho digno no campo, assegurando que não haja qualquer indício de trabalho análogo à escravidão.
Maurício Pontes, coordenador do Certifica Minas Leite e auditor responsável pelo processo, lembra como se deu a certificação. “Entraram em contato com o IMA sem conhecer os detalhes da certificação e, durante mais de um ano, mantivemos um acompanhamento constante, com reuniões, conferências e suporte técnico”.
“Aos poucos, eles foram implementando todas as exigências, desde a estrutura até a gestão e a sustentabilidade. Foi um desafio, mas eles não desistiram e nós também não”, afirma Pontes.
O programa não apenas eleva os padrões da produção leiteira, mas também contribui para um setor mais ético, competitivo e seguro para produtores e consumidores.
“Recomendo que outros produtores busquem essa certificação, que valoriza o produto, melhora a gestão da fazenda e dá mais credibilidade no mercado. Sem dúvida, é um investimento que faz a diferença”, conclui o dono da Fazenda Soberana.