A Prefeitura de João Pessoa, por meio da sua Fundação Cultural (Funjope), abre a exposição ‘O Homem no Gerúndio é Fraco’, nesta sexta-feira (24), às 16h, na Casa da Pólvora, localizada no Centro Histórico da Capital. A mostra individual é da artista visual Potira Maia, baiana radicada na Paraíba e a curadoria foi de Fabiano de Borba. A exposição pode ser visitada até o dia 22 de fevereiro, de domingo a domingo, das 9h às 17h.
O diretor executivo da Funjope, Marcus Alves, comentou sobre a exposição beneficiada pela Lei Paulo Gustavo de 2022, voltada para o setor cultural. “É uma alegria acolher a exposição da Potira Maia que foi ganhadora do prêmio dentro da Lei Paulo Gustavo, que agora ganha forma, ganha visibilidade a partir dessa exposição. Então, nós acolhemos o projeto dela e abrimos a Casa da Pólvora para que ela possa desenvolver plenamente as suas atividades no momento de uma exposição que promove uma reflexão importante para as relações sociais, as relações humanas. A gente fica muito contente por esse momento”, destacou.
Os visitantes poderão ver uma série de trabalhos da artista, derivados de uma pesquisa realizada para o mestrado em Pintura, na Universidade de Lisboa. “A exposição tem um recorte curatorial que reúne trabalhos em diferentes linguagens, tendo o enfoque no corpo feminino como ferida primordial, também flerta com outras inquietações que se deixam ver entre as linhas das fotografias. Estamos felizes de poder fazer uma exposição com amplo olhar acessível, com auxílio dos recursos públicos de incentivo à cultura. Espero que os trabalhos acolham os visitantes provocando inquietações, sobretudo os que, muitas vezes, são excluídos do universo das visualidades”, disse Potira Maia.
“A pesquisa foi realizada durante o contexto da pandemia de Covid-19, período no qual eu residi em Lisboa e vivenciei duplamente a emergência do exílio global. Refletindo sobre a dimensão do estranhamento e do exílio, ‘O Homem no Gerúndio é Fraco’ reúne pintura e fotografias em uma instalação sonora, que repercutem as problemáticas do multiculturalismo, da imigração e da condição da mulher nas relações de gênero”, relatou o curador Fabiano de Borba.
A mostra resulta de proposta aprovada no Edital Multiáreas com recursos da Lei Paulo Gustavo LC nº 195/2022 e está prevista, como uma das contrapartidas sociais do projeto, muitas ações de acessibilidade, incluindo audiodescrição de parte das obras e audiotexto curatorial e tradução do debate com a artista em Libras, língua natural da comunidade surda brasileira, um idioma visual-espacial que usa gestos, expressões faciais e corporais.
Potira Maia – A artista é formada em Artes Visuais (2016), pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), mestra em Pintura pela Universidade de Lisboa (2022), licenciatura em Pedagogia pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em 2006, com especialização em Educação, Cultura e Memória (UESB, 2007) e Educação Especial (UFC, 2011). “Atuo há 15 anos como docente na rede pública de Educação, com ênfase na inclusão. Atualmente, divido os estudos entre as pesquisas, as produções artísticas e a gestão escolar na educação básica pública”, revelou.
Casa da Pólvora – Situada no Centro Histórico de João Pessoa em uma posição privilegiada, oferece uma vista deslumbrante do pôr do sol no Rio Sanhauá. É um dos marcos culturais e arquitetônicos da cidade. Foi construída no século XVIII, sua função original era armazenar munições e proteger a região, sendo parte integrante do sistema defensivo colonial. Atualmente, o espaço é utilizado como centro cultural.
Serviço:
Exposição ‘O Homem no Gerúndio é Fraco’
Local: Casa da Pólvora (monumento)
Data: sexta-feira (24), às 16h (abertura)
Horário de visitação: todos os dias, das 9h às 17h