O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), publicou nesta sexta-feira (13/9), pelo 4º ano consecutivo, o Prêmio Escola Transformação, que busca valorizar práticas inovadoras nas escolas estaduais e incentivar a melhoria da qualidade da educação. Nesta edição, serão distribuídos 400 prêmios com investimentos de R$ 20 milhões para as escolas que mais se destacarem.
Desde o início, já foram distribuídos mais de 3.160 prêmios para quase 2.530 escolas, somando cerca de R$ 200 milhões destinados à implementação de projetos pedagógicos que beneficiem as comunidades escolares, em consonância com o Currículo Referência de Minas Gerais.
“O objetivo do Prêmio Escola Transformação é premiar as escolas que estão mostrando avanços significativos no aprendizado dos alunos, utilizando avaliações como o Simave (Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação Pública), o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) e o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica)”, explicou a subsecretária de Desenvolvimento da Educação Básica, Kellen Senra.
Estão habilitados a participar do Prêmio Escola Transformação 2024 as escolas de ensino regular que possuem dez ou mais estudantes matriculados no 5º ano do ensino fundamental, no 9º ano do ensino fundamental ou no 3º ano do ensino médio (parcial e integral). A previsão é que a lista de unidades escolares premiadas seja divulgada no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais (DOEMG) no mês de outubro, após a conclusão dos processos.
Novos projetos e oportunidades para estudantes
Além de reconhecer o desempenho educacional, o prêmio permite que as escolas invistam em projetos que beneficiam diretamente os alunos. Exemplos incluem rádios escolares, bandas fanfarras e visitas técnicas que ampliam os horizontes dos estudantes.
Com 14 prêmios recebidos nas edições anteriores, a Escola Estadual Coronel Calhau, em Ipanema, no Vale do Rio Doce, se destaca como a maior vencedora do Prêmio Escola Transformação. Segundo o diretor da unidade, Naime Mansur, esse sucesso é resultado do esforço conjunto dos servidores, que sempre estão dispostos a pensar em projetos que desenvolvam a aprendizagem dos estudantes.
“Esses prêmios proporcionaram a visualização e vivência de projetos na escola. Com o prêmio, nós conseguimos mostrar a importância da escola na preparação para o mercado de trabalho, com desenvolvimento de habilidades como pontualidade e empenho. E, por consequência, temos tido bons resultados na preparação para o Enem e medalhistas da Obmep, por exemplo, o que reflete na jornada escolar do estudante e desenvolvimento do cidadão”, afirma Naime.
A escola já recebeu recursos que somam mais de R$ 1 milhão, para desenvolver diversos projetos pedagógicos. Entre eles o “The World Bank”, uma das possibilidades de projetos previstos no portfólio, por meio do Mercado do Estudante.
Criado na escola, o projeto auxiliou os estudantes no desenvolvimento de soft skills- habilidades comportamentais, como responsabilidade financeira e disciplina. A cada acerto ou erro na escola, os estudantes podem ganhar ou perder “calhaus”, moeda do banco que se consolidou como ferramenta de educação financeira, comportamento e pertencimento na comunidade escolar. No fim do ano, a escola realiza o Mercado do Estudante, em que os “calhaus” podem ser utilizados em compras e investimentos para os próprios estudantes.
“O banco me ajudou a trabalhar áreas que eu não imaginava que poderia desenvolver, como liderança e trabalho em grupo, o que faz com que o projeto tenha impacto pedagógico e também no nosso desenvolvimento pessoal”, afirma a estudante do 3º ano do ensino médio da E.E.Coronel Calhau e gerente do The World Bank, Gabrielle Rodrigues.
Entre as premiações recebidas, a escola acumula visitas técnicas pelo estado e pelo Brasil. Ainda em setembro os estudantes do ensino médio vão conhecer o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, fruto de premiação recebida pela escola no Prêmio Escola Transformação.
“Nas viagens conhecemos museus e lugares históricos importantes na construção do país. Se não fosse pelo prêmio, muitos de nós não teríamos a oportunidade de conhecer esses locais. A direção da escola sempre incentiva o bom desempenho nas avaliações ao longo do bimestre e é por isso que acredito que a escola tem sido destaque”, avalia a estudante do 3º ano do ensino médio da escola, Rayssa do Nascimento.
Já na Escola Estadual Ademar Cangussu, em São Francisco, no Norte de Minas, o prêmio ajudou a criar a primeira banda fanfarra da escola, que se apresentou no desfile cívico de 7 de Setembro deste ano.
“Com a dedicação dos nossos alunos, conseguimos comprar 52 instrumentos e montar nosso estúdio de podcasts, tudo graças ao Prêmio Escola Transformação”, comemorou o diretor Ismael Almeida.
Critérios de avaliação e novidades
Nesta edição, o prêmio terá novos indicadores que visam garantir mais equidade entre as escolas participantes. Agora, o Índice Prêmio Escola Transformação (Inest) levará em conta o perfil socioeconômico das escolas e a complexidade da gestão escolar.
“Toda a análise do reconhecimento também estará pautada em dois indicadores, que a partir de agora fazem esse acompanhamento. O índice socioeconômico das escolas e o índice de complexidade de gestão, que farão a checagem dos resultados de aprendizagem das escolas”, pontua a subsecretária Kellen.
Outra novidade é a inclusão do projeto “Celebração da Formatura Escolar”, que incentiva os alunos a planejar sua formatura, com direito à organização de convites, escolha de local e contratação de serviços como buffet e fotografia.