A comandante da Ronda Maria da Penha (RMP) da Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio), a líder operacional Glória Maria Bastos, ministrou, nesta quarta-feira (27/3), palestra sobre violência contra a mulher para a Diretoria de Administração da Aeronáutica (DIRAD), localizada em Marechal Hermes, na Zona Norte. Com o tema “A Integração para o Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher: repensando nossas responsabilidades”, a líder Glória falou dos mecanismos criados pela Lei Maria da Penha (nº 11.340 de 2006) para coibir e prevenir a violência doméstica contra mulheres. A comandante da Ronda Maria da Penha também falou da importância da lei para frear a violência doméstica e punir quem comete esse tipo de crime.
A palestrante explicou ainda sobre o ciclo e os tipos de violência contra a mulher, que pode ser praticada também por familiares, como filhos e irmãos, e se manifesta de diversas formas, não somente a física, mas também patrimonial, sexual, moral e psicológica. De acordo com a a líder Glória, alguns tipos de violência são mais difíceis de identificação, mas todos estão igualmente previstos em lei e são coibidos pelos agentes de segurança.
Sobre a Ronda Maria da Penha
No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a Ronda Maria da Penha da Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) completou três anos no dia 12. De março de 2021 a fevereiro de 2024, foram registradas 33.522 ações de acolhimento a vítimas de algum tipo de violência doméstica ou familiar, além de 67 prisões em flagrante, sendo a maioria por descumprimento de medida protetiva. Ao longo desse período, 4.743 mulheres já foram assistidas pelas equipes da GM-Rio.
A Ronda Maria da Penha iniciou com 32 guardas e, atualmente, conta com 85, com melhoria da logística de atuação e o amadurecimento do atendimento, além de maior independência institucional.
Os guardas municipais atuam na verificação do cumprimento de medidas protetivas deferidas pelos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Capital. Os patrulheiros fazem os atendimentos com três agentes, sempre tendo, pelo menos, uma guarda feminina na equipe. O contato direto com as mulheres assistidas serve para mantê-las seguras, impedindo a aproximação dos agressores, coibindo assim a revitimização.