Os números de casos confirmados de dengue em Minas Gerais vêm acendendo um sinal de alerta para os cuidados e medidas de prevenção para o combate da doença.
Com o objetivo de conscientizar a população, a médica infectologista do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais (Ipsemg), Renata Lanna Maciel, reforça o que é preciso fazer diante dos sintomas da doença.
A infectologista explica que o vírus da dengue é transmitido pela picada de mosquitos fêmea, principalmente, da espécie Aedes aegypti, a qual possui quatro sorotipos diferentes (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4) e podem produzir sintomas que vão desde grau mais leve até grave, que podem levar ao óbito.
“A pessoa que está em regiões de risco ou onde há uma grande incidência de casos confirmados de dengue, precisa ficar atenta aos sintomas como febre, dor de cabeça, dor ao redor dos olhos, erupções geralmente de cor avermelhada que aparece na pele, dores musculares e articulares, prostração, náusea e vômitos. É muito importante ressaltar que a febre não é obrigatória, assim, em alguns casos, pode não ocorrer”, explica.
A médica acrescenta ainda que “a qualquer sinal ou sintoma da doença, a pessoa deve buscar imediatamente atendimento médico, para que seja feita a classificação da gravidade do caso e estabelecimento de conduta direcionada, sendo que sintomas leves podem demandar acompanhamento ambulatorial e casos mais graves necessitaram de internação hospitalar”, reforçou.
Prevenção
Entre as principais medidas de cuidados destacadas pela especialista estão a eliminação do armazenamento de água em recipientes como vasos de plantas, pneus, limpeza periódica da caixa d’água e cuidados com a higiene do quintal, evitando acúmulo de lixo e demais recipientes que possam armazenar água.
Todos esses ambientes são propícios para se tornarem criadouros do mosquito Aedes aegypti.
Dengue em Minas Gerais
De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (SES-MG) divulgado na segunda-feira (5/2), Minas Gerais já soma 39.282 casos de dengue. No boletim anterior, de 29/1, o número de pessoas diagnosticadas com a doença era 23.389. O aumento foi de 68%.