A Fundação Hemominas completa 39 anos com excelência na prestação de serviços nas áreas de hematologia, hemoterapia, células e tecidos, oferecidos à população por meio de suas unidades. Além disso, a instituição avança nas áreas de ensino e pesquisa – produzindo conhecimento e inovação.
Integrando uma rede formada por uma Administração Central e 21 unidades descentralizadas nas macrorregiões do estado (Hemocentros, Hemonúcleos e Unidades de Coleta e Transfusão), além do Centro de Tecidos Biológicos (Cetebio) e dos 11 Postos Avançados de Coleta Externa (Pace), a rede Hemominas apresenta uma cobertura hemoterápica superior a 90% de toda a demanda do estado de Minas Gerais. São cerca de 600 entidades conveniadas, incluindo hospitais públicos, filantrópicos e particulares, alcançando aproximadamente 800 municípios, direta ou indiretamente.
“O olhar no futuro, o apoio e a confiança indispensáveis de parceiros públicos como o Estado, os municípios e outras instituições, e dos doadores de sangue e pacientes, bem como a cumplicidade de toda a equipe, são os responsáveis pelo nível a que chegamos hoje”, declara a presidente da Fundação, Júnia Cioffi.
Resultados observados em 2023, evidenciam esse crescimento. Começando pelos processos internos, que foram otimizados em alinhamento com as diretrizes do governo. A área técnico-científica destacou-se em ações como o aumento no número de componentes transfundidos submetidos à inativação de patógenos; estruturação das coleta externa por meio da unidade móvel; início do segundo ciclo do programa PBM – Patient Blood Management – que visa otimizar o uso do sangue de forma individualizada; parceria com o Instituto Médico Legal (IML) para a coletas de pele usadas no tratamento de grandes queimados; regularização das coletas de células progenitoras para os transplantes de medula óssea.
Outro fato a se comemorar é a certificação internacional do Centro de Tecidos Biológicos de Minas Gerais (Cetebio) pela Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB) e Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), em dezembro de 2023. Essa certificação confirma a segurança e qualidade dos serviços da Hemominas, com impacto significativo no tratamento dos pacientes que recebem os produtos celulares coletados e processados pela Fundação.
Também a realização de eventos como o IX Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme e do 1º Simpósio de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação FH (HEMOPq) são ações que promovem, divulgam e compartilham os conhecimentos adquiridos nas áreas. Ainda, a assinatura de Termos de Cooperação para implantação de seis novos Postos de Avançados de Coleta Externa (Paces) em Minas Gerais, em 2024, anunciam um aporte maior de doadores de sangue, contribuindo para a manutenção da segurança transfusional no estado.
Várias intervenções, reformas e adequações nas unidades da rede contribuíram para um melhor atendimento aos doadores e conforto dos servidores que nelas trabalham. Todas as unidades foram também contempladas com a aquisição de equipamentos, destacando-se os homogeneizadores e cadeiras de coletas, e com a implantação do wifi doador/paciente. Ressalta-se, ainda a aquisição de novos sistemas na área de informática, que garantiram mais segurança da informação e eficiência nos processos desenvolvidos na Fundação.
Biologia de fronteira
Por sua vez, o laboratório de Histocompatibilidade (HLA) assumiu um enorme desafio em 2023 ao realizar a completa substituição da metodologia de tipificação molecular, utilizada na testagem de doadores e receptores de células tronco hematopoiéticas. A metodologia, chamada de Sequenciamento de Nova Geração, do inglês NGS, é, sem dúvida, uma das técnicas de biologia molecular de fronteira, que possui extrema complexidade e inúmeras exigências técnicas para sua implantação e utilização. No total, 3.627 testes de doadores voluntários de medula óssea foram realizados pela nova metodologia em 2023.
Referenciando os avanços, Júnia Cioffi salienta: “Chegamos a 2024 a um estágio em que a Hemominas consegue rodar o ciclo PDCA (Planejar, Executar, Avaliar e Agir), inserido no Planejamento Estratégico. As certificações e qualificações alcançadas pela Fundação atestam o reconhecimento da sociedade, visibilizadas nas parcerias firmadas e nas visitas recebidas. Não tem jeito da Fundação funcionar se não for em harmonia com todos”, considera a presidente da Fundação.