A Orquestra Sinfônica Municipal de João Pessoa realizou, nesta sexta-feira (22), o último concerto de 2023, no Centro Cultural São Francisco. Os músicos, comandados pelo maestro Nilson Galvão, contaram com o acompanhamento luxuoso do Coro Villa-Lobos e a participação dos solistas Izadora França e Kleiton D’Araújo. O público lotou o espaço para conferir o encerramento da temporada.
“O último concerto de nossa temporada tem uma marca muito especial. Mostra toda potência criativa de nossos músicos, nossas musicistas. Vivemos realmente um momento único na cultura de João Pessoa que vem dando uma excelente contribuição para a restauração e ocupação do Centro Histórico, tendo como referência este museu belíssimo que é o São Francisco, ambiente propício para ensaios e apresentações de nossa Orquestra Sinfônica. Estão todos de parabéns”, declarou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
O maestro Nilson Galvão afirmou que foi um concerto leve, natalino, no sentido de que apresentou algo diferente dos concertos que sempre se inspiram nos compositores tradicionais. “Desta vez, primamos por trazer, já que estamos no período natalino, essa experiência para o público”, disse. Ele destacou a presença dos solistas e do Coro Villa-Lobos, observando que eles abrilhantaram a noite tão especial.
“Tentamos diversificar ao máximo a nossa programação exatamente pensando no público e no repertório que ele quer ouvir. Tivemos o cuidado de estar aqui para festejar e terminar nossa temporada desejando um Feliz Natal para todo o nosso público”, afirmou.
O Padre Marcondes Meneses, diretor do Centro Cultural São Francisco, destacou que a parceria entre o espaço e a Prefeitura de João Pessoa só tem a agregar. “Essa apresentação movimenta o Centro Histórico e a cidade como um todo. É de muita alegria e muito entusiasmo para que o nosso Centro Histórico seja cada vez mais contemplado, que as pessoas possam vir, se extasiar, e a música nos eleva ao alto. Ficamos muito felizes com essa parceria e no próximo ano, com certeza, será muito melhor”, destacou.
Gilson Pedrosa dos Santos, baixo do Coral Villa-Lobos, considerou a experiência inusitada. “É sempre bom combinar coro e orquestra. O coro em si só cantando à capela não fica tão maravilhoso quanto se cantar junto de uma orquestra tão bacana como esta da Funjope. É muito bom”.
“É uma sensação maravilhosa porque música é tudo de bom. É um prazer enorme estar aqui, ainda mais no último concerto do ano, numa igreja maravilhosa e com essa orquestra que dispensa comentários”, elogiou Ana Maria Ferraz, contralto do Coral Villa-Lobos.
Público – O Centro Cultural São Francisco ficou pequeno para o público que foi prestigiar o Concerto de Natal. O tesoureiro Ivanildo Júnior foi um dos primeiros a chegar. “Sempre participo de concertos e gosto muito de música clássica. Minha mãe participa do Coral Radegundes, da Universidade Federal da Paraíba, e hoje é convidada do Coral Villa-Lobos. Um evento como este não poderia perder”, comentou.
“Eu cresci ouvindo música clássica por causa do meu pai. É a primeira vez que venho ao concerto da Orquestra Sinfônica Municipal. Um concerto de Natal, com toda a orquestra, com o Coro, enfim, um espetáculo emocionante”, declarou a professora Elineide Fernandes.
Turista de Brasília, Paulo Pivesso disse que soube do concerto porque visitou o Centro Cultural São Francisco com a esposa e o filho. “É um complexo barroco que eu já conhecia, já sabia da arte que é uma maravilha preservada. Por sorte, no dia que vim, a Orquestra estava ensaiando e, como sou amante da música clássica, principalmente barroca, vim prestigiar a Orquestra, o Coral. Ouvi muito falar da referência da Orquestra e é uma honra estar aqui assistindo esse grande espetáculo”, destacou o funcionário público.
Concerto – O concerto foi dividido em três partes. A primeira só com a Orquestra. A segunda parte com a Orquestra e solistas, apresentando obras que remetem à adoração a Deus, o Cântico de Maria que se encontra na Bíblia, no livro de Lucas, e que ela canta quando se dá conta que está grávida de Jesus Cristo; e a terceira parte que reúne a Orquestra e o Coro Villa-Lobos, encerrando o concerto, com a famosa Noite Feliz.