A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), no âmbito da Unidade de Negócio Oeste (UNOE), investirá mais de R$ 4,5 milhões na melhoria da eficiência energética dos sistemas de Frutal e Iturama em 2024. Com isso, toda a operação será otimizada, beneficiando os cerca de 98 mil moradores dessas cidades.
A previsão é que, até ano que vem, todos os equipamentos já tenham sido adquiridos. As intervenções devem ter início em março, e a expectativa é que sejam concluídas até abril de 2024. Atualmente, a empresa trabalha na fase de elaboração de projeto executivo e na compra de maquinário.
O gerente da Unidade de Serviço de Apoio Operacional Oeste (USOO), Renato Carvalho, explicou como será o cronograma. “Os próximos passos serão aprovar os projetos, realizar a vistoria final dos equipamentos adquiridos, executar as obras e instalar o maquinário”, listou.
Para Frutal serão direcionados R$ 2,29 milhões, que permitirão a implantação de quatro conjuntos motobomba em duas elevatórias de água tratada – equipamentos que bombeiam a água para os reservatórios. Também será instalado um quadro elétrico para distribuição de energia entre as unidades; um quadro de comando de motores (QCM) com inversor de frequência – capaz de converter a eletricidade da rede de alimentação para controlar o tempo de trabalho das bombas automaticamente; e um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) e malha de aterramento, estruturas que ajudam a evitar acidentes e queima de equipamentos por raios.
Já para Iturama, o orçamento é de R$ 2,25 milhões e contempla a instalação de dois conjuntos motobombas, um quadro elétrico, dois quadros de comando de motores, um quadro de distribuição – acessório que recebe a energia de uma ou mais fontes de alimentação e a distribui entre os circuitos, implantação de um Personal Digital Assistants (PDA) – acessório automatizado que ajuda a agilizar a manutenção de equipamentos, além de uma malha de aterramento e a construção de uma sala elétrica.
A superintendente da UNOE, Cristiane Carneiro, destacou a otimização dos trabalhos. “Teremos uma economia anual de aproximadamente 14%, o equivalente a cerca de R$ 290 mil. A redução do custo operacional sinaliza uma empresa mais eficiente e competitiva e permite que os recursos sejam direcionados para outras frentes de serviços”, disse.
Eugênio Álvares, analista de saneamento da Superintendência de Desenvolvimento Tecnológico, Inovação e Engenharia da Copasa, detalhou os benefícios dos investimentos. “Com um menor consumo de eletricidade, temos a redução da conta de energia, maior disponibilidade de água para o sistema e diminuição das manutenções, além de maior segurança operacional do sistema”, disse.
Júlio Cézar Silva, gerente regional da Copasa em Frutal e Iturama, complementou a afirmativa do colega. “Essa otimização também nos ajuda a combater as mudanças climáticas e ainda contribui para a consequente redução da emissão de carbono para a atmosfera”, concluiu.
Para Roberto Luiz Botelho, que é gestor de empreendimento de grande porte e coordenador das unidades de Gestão de Projetos (UGP) e Implementação de projetos da Copasa, com esse investimento toda a sociedade é beneficiada.
“A energia elétrica é fundamental para os sistemas de abastecimento de água e está presente em todas as fases da produção, pois é necessária para a captação, adução, transporte, tratamento e distribuição da água. Em função do aumento dos problemas de disponibilidade dos recursos hídricos em relação ao crescimento populacional e a crise energética, é necessária a adoção de medidas que busquem eficiência energética e hidráulica em todos os setores e atividades”, ressaltou.