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Nova Iguaçu promove palestras pela proteção de animais domésticos e silvestres

Nova Iguaçu promove palestras pela proteção de animais domésticos e silvestres




Dois animais sofreram maus tratos a cada três dias no estado do Rio de Janeiro, em 2022. A estatística é do Instituto de Segurança Pública (ISP), que registrou 252 casos de crueldade entre janeiro e dezembro do ano passado. Este tipo de violência e a importância de combatê-la, promovendo políticas de prevenção e proteção, foi tema debatido nesta terça-feira (12), pela Prefeitura de Nova Iguaçu, durante um grande evento voltado para a causa animal, realizado no SESC da cidade.

A advogada Renata Romanel, presidente da Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da OAB Nova Iguaçu – 1ª Subseção, acredita que o dado do ISP ainda não condiz com a realidade, pois muitas pessoas não registram ocorrências nas delegacias. Segundo ela, proteger o animal da violência é também proteger a sociedade.

“Há muitos casos em que percebemos uma ligação entre a violência às pessoas, especialmente mulheres e crianças, que é antecedida por um caso de violência contra animais. Precisamos esclarecer ao público que existem direitos que protegem os animais e também punições severas para quem comete maus tratos, até mesmo a prisão”, alerta a advogada.

A Prefeitura de Nova Iguaçu conta com uma Assessoria Especial de Proteção Animal, órgão ligado à Secretaria Municipal de Governo (SEMUG), responsável por dois programas iniciados em 2023 e que têm sido fundamentais no amparo dos animais: a castração gratuita de cães e gatos, realizada graças a uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), a Clínica Veterinária da Universidade Iguaçu (Unig) e o Hospital Veterinário da Estácio, e a Feira Municipal de Adoção de Animais.

“O animal necessita de amparo. A população precisa ter o entendimento de que cuidado dos animais, a família também estará bem cuidada. A prefeitura iniciou o projeto de castração gratuita e já realizou oito edições da feira de adoção, permitindo que quase 80 pets fossem adotados e ganhassem novos lares”, disse a assessora especial de Proteção Animal, Naira de Araujo Pereira.

Os médicos veterinários Igor Nogueira Braga e Eduarda dos Santos Falcão, da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, falaram sobre as principais zoonoses transmitidas por cães e gatos, como raiva, leishmaniose, leptospirose, toxoplasmose e esporotricose. “A esporotricose é a mais comum das doenças e é um risco para o animal e para o ser humano. A doença é causada por um fungo que gera sérias lesões quando uma pessoa ou outro animal é arranhado por outro. O tratamento dura de três a oito meses, dependendo do sistema imunológico do paciente”, explica Igor Nogueira.

A defesa dos animais não se restringe aos domésticos. A Prefeitura de Nova Iguaçu investe também na proteção dos animais silvestres. A Guarda Municipal Ambiental realiza o patrulhamento nas unidades de conservação da cidade no combate à caça ilegal e também atua no resgate de animais silvestres em áreas urbanas da cidade.

“Somente este ano já registramos 215 resgates, sendo 80% deles de gambás e serpentes. Os animais silvestres estão cada vez mais presentes nas nossas vidas, então precisamos entender sua importância ecológica e protegê-los”, disse o secretário municipal de Agricultura e Meio Ambiente, Edgar Martins.

Para denunciar maus tratos aos animais, qualquer pessoa pode entrar em contato com a Central 190 da Polícia Militar ou com o Comando de Polícia Ambiental (CPAm) pelo telefone (21) 2334-7634. A denúncia também pode ser feita em qualquer delegacia de Polícia Civil do estado e ainda pela Linha Verde, do Disque-Denúncia (0300-253-1177). O anonimato é garantido.

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