A Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope) está apoiando a exposição coletiva ‘LaborAÇÕES – onde os desvios e delírios tremem’, resultado de pesquisas realizadas no Laboratório de Cerâmica, do Departamento de Artes Visuais (DAV), do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A abertura será nesta sexta-feira (15), no Hotel Globo, às 16h, e a visitação acontece até 15 de janeiro, diariamente, das 8h às 17h.
“Essa é uma parceria importante que mantemos com professores da UFPB. É a terceira vez que fazemos experiência com docentes. A partir dessas exposições, que têm origem no ambiente educacional, conseguimos identificar novos talentos e dar visibilidade a novos artistas. Essa é uma linha de atuação que a Funjope tem nos últimos três anos e que nós prezamos por valorizar. Gostaria muito de agradecer à professora Rosilda e aos seus alunos e alunas pelo empenho. Acredito que teremos uma exposição de qualidade”, declarou o diretor executivo da Funjope, Marcus Alves.
A professora Rosilda Sá, que ministrou a disciplina Tópicos em Cerâmica, na Licenciatura e no Bacharelado em Artes Visuais da UFPB, explicou que a exposição aborda, sobretudo, possibilidades de reexistir. “Enquanto artistas e pesquisadores, nos apropriamos de técnicas e linguagens em arte contemporânea para discutir temas fundamentais: vida, morte, natureza, impacto ambiental, desejo, gênero, sexualidade, heroísmo, saúde mental e diversos outros assuntos atemporais e necessários”, comentou.
A curadoria e o projeto expográfico são coletivos, e a exposição é composta por esculturas, instalações, performance, videoinstalação e bordado livre manual, apresentando o potencial da cerâmica associada a outros materiais e linguagens que exploram dimensões no campo ampliado das artes.
O projeto expositivo foi idealizado com curadoria de Caroline Del Rio Degenari, Cures, Diego Rezende, Giulia Assis, Ismael Freitas, Kamyla, Krysna Marques, Louise Barbosa, Lethicia Andrade, Letícia Lima Farias, Lucas Rodrigues, Lucckraz, Maya Oliveira, Renato Sancharro, Rosilda Sá, Thierry de Lima, Thuania Carvalho e Yasmin Formiga.
“As minhas expectativas são as melhores. Eu estou expondo com jovens e talentosos artistas, que mergulharam seriamente em seus processos criativos artísticos. Passamos quatro meses nos encontrando semanalmente com aulas expositivas, reflexões, produção artística concomitante à produção textual, e riquíssimas discussões sobre o processo criativo individual e o resultado das obras”, ressaltou a professora.
Para isso, ela contou que o grupo contou com o trabalho do designer Diego Rezende. “Ele criou a bela identidade visual da nossa exposição. Além de Cures e Maya Oliveira que brilhantemente escreveram o precioso texto de apresentação. Convidamos o público a fruir cada obra, algumas delas são interativas”, destacou.
Rosilda Sá afirmou que haverá mediação oferecida pelos próprios artistas, mas considera que a leitura do texto de apresentação e dos verbetes explicativos de cada obra complementará o entendimento do público sobre a exposição. “Eu desejo que seja uma rica e muito boa experiência cultural para cada visitante da exposição”, disse.
Parceria – “É admirável a iniciativa da Funjope ao disponibilizar os equipamentos culturais da cidade, impulsionando a produção artística e abrindo portas para a participação de novos artistas que discutem temas diversos a partir de suas obras no circuito de exposição de artes visuais”, observou a professora Rosilda Sá.
Além disso, segundo ela, a cessão de espaço para novos artistas, arte-educadores, curadores e críticos de arte, profissionais competentes que apresentam dedicação e alto nível, oriundos dos cursos de licenciatura e bacharelado em Artes Visuais da Universidade Federal da Paraíba, demonstra um compromisso valioso por parte da Prefeitura de João Pessoa com a diversidade e o enriquecimento do cenário cultural local.