A execução do programa “Coleta Seletiva é Arte na Escola” vai começar ainda neste mês. Lançado nesta quarta-feira (1º) pela Autarquia Especial Municipal de Limpeza Urbana (Emlur), em parceria com a Secretaria de Educação e Cultura (Sedec), a iniciativa vai contemplar 19 escolas de tempo integral para influenciar a criação de hábitos de defesa do meio ambiente e alertar a sociedade sobre excesso de consumo e descarte de resíduos. A apresentação do programa ocorreu no Centro de Capacitação dos Professores (Cecapro).
Conforme o superintendente da Emlur, Ricardo Veloso, levar a conscientização ambiental às instituições de ensino significa mobilizar toda a comunidade escolar, incluindo alunos, professores, pais e responsáveis, além dos servidores. “O docente é uma referência para a geração de amanhã, então, debater a coleta seletiva na escola significa que a criança vai levar a mensagem para casa e cobrar a conduta dos pais”.
O superintendente-executivo, Igo Morais, destaca que o momento é de construção conjunta e de incentivar o descarte correto de resíduos em toda João Pessoa. “Introduzimos a educação ambiental na vertente da coleta seletiva e contamos com os alunos para serem multiplicadores da mensagem”.
A chefe do Departamento de Programa Especiais da Sedec, Alcilene Andrade, representou a secretária América Castro. De acordo com ela, o programa contempla as escolas de tempo integral devido ao fato de terem uma grade curricular maior. “A educação ambiental precisa ser vivenciada. É necessário tempo para que as temáticas sejam trabalhadas”.
O secretário-executivo de Meio Ambiente, Djalma de Castro, falou sobre o programa da Semam que faz o plantio de árvores nas escolas municipais e a realização de palestras, também em parceria com a Emlur. “Trabalhamos questões da fauna e da flora, tendo o Parque Arruda Câmara como referência, e agora é muito positivo esse programa com ênfase na sustentabilidade”.
Apresentação – A abertura do evento para apresentação do programa aos gestores das escolas contempladas contou com participação do coral da Escola Municipal Edme Tavares, do Bairro das Indústrias. O grupo apresentou o número “Cordel das Lavadeiras e o Boi do Arco”. O coral já usa em suas apresentações objetos e adereços feitos a partir do reaproveitamento de materiais.
O grupo de percussão da Emlur, Baticumlata, que utiliza como instrumentos musicais, materiais recicláveis, tocou canções que tratam a questão da sustentabilidade.
A coordenadora de Educação Ambiental da Emlur, Carol Estrela, afirma que a primeira escola será visitada ainda neste mês, mediante sorteio. “Daremos início ao programa ainda neste ano letivo e seguiremos em 2024, nas demais escolas de tempo integral”.
A equipe de Educação Ambiental vai apresentar nas escolas as mais diversas formas de seletividade dos resíduos e as formas de acondicionamento. “A proposta é ficarmos dois dias em cada escola para desenvolver as atividades”, pontua Carol Estrela.
Programação – Além do conteúdo teórico com palestras, haverá a parte lúdica para envolver os alunos. O grupo Baticumlata fará apresentações, para mostrar que é possível produzir música com materiais de plástico, metal e até papel, que, em vez de jogados fora, são transformados em instrumentos musicais.
O grupo de teatro “Arte do Riso” fará uma apresentação sobre a temática da coleta seletiva e os artesãos da Emlur vão expor peças da Oficina de Artes com produtos como brinquedos, artigos decorativos e utensílios domésticos, produzidos a partir do reaproveitamento de produtos de metal, papel, plástico e vidro.
Segundo Carol Estrela, será lançado um desafio para os alunos e professores da instituição, que poderão desenvolver atividades sobre coleta seletiva sob três formas: produção textual, trabalho manual e produção de instrumentos musicais. A avaliação das atividades será feita por mesa julgadora de servidores da Emlur e da própria escola.