Médicos do HGNI alertam para a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama
Roda de conversa também contou com a participação de paciente tratada na unidade
Há pouco mais de um ano, a professora Michele Tozi Ferreira, de 45 anos, recebeu uma notícia impactante: estava com câncer de mama. Embora tenha sido um momento difícil, o exame de mamografia, que ela costuma fazer rotineiramente, foi crucial para ajudá-la na luta contra a doença. Foram consultas, sessões de quimioterapia e a cirurgia para retirada de parte da mama, feita no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI), até alcançar a cura. Nesta quinta-feira (26), ela retornou à unidade de saúde para participar de um bate-papo sobre a campanha Outubro Rosa e falou como o diagnóstico precoce foi essencial para sua vida.
“No começo perdi o chão, foi difícil, mas segui em frente com o tratamento que também me deixava mal. Mas graças a Deus e aos apoios dos médicos, agora estou livre da quimioterapia e do tumor. O exame de rotina me deu um diagnóstico precoce e eu pude ser curada”, revela.
A campanha Outubro Rosa segue mobilizando as unidades de saúde de Nova Iguaçu com eventos de conscientização. A cidade é uma das poucas da Baixada Fluminense a oferecer acompanhamento médico para pacientes que estão em tratamento dos cânceres de mama ou de colo de útero. No HGNI, foram realizadas 832 consultas em mastologia e 226 em ginecologia oncológica, em sete meses.
“Por ser uma referência na região, o hospital atende mulheres que apresentam sinais e sintomas destas doenças. Oferecemos consultas, biópsia e até a cirurgia, mas o papel institucional é sensibilizar todas as mulheres, sejam funcionárias, pacientes ou acompanhantes, sobre o câncer de mama”, destaca o diretor-geral do HGNI, Ulisses Melo.
O médico mastologista do HGNI, Wandir Ramos, e a médica ginecologista oncológica, Ana Cristina Hernani, conduziram o bate-papo entre os profissionais da saúde que participaram do evento. Além da conversa, os convidados ganharam um momento de descontração e autocuidado, com serviços de maquiagem, tranças de cabelo, fotografia temática e um café da manhã.
“Essa campanha tem que se estender a todos os meses. A mulher com mais de 40 anos deve fazer a mamografia anualmente, que é essencial para um diagnóstico precoce, os exames clínicos e acompanhamento médico. Essa combinação apresenta um índice de 95% de cura do câncer de mama”, destaca Wandir.
O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer entre mulheres de todas as faixas etárias. Pode apresentar vários sinais e sintomas, sendo os principais deles: o aparecimento de nódulos endurecidos nos seios ou axilas, inchaço de toda mama ou parte dela, dores na região e secreções. Mulheres com mais de 40 anos devem fazer o exame de mamografia anualmente. Aquelas com histórico da doença na família já podem fazer a partir dos 25 anos.
“O câncer de mama tem cura. Por isso é importante dar destaque nessas campanhas que fazem com que a paciente lembre da necessidade do autoexame e, se identificar alterações, exames complementares e mamografia. Já sobre o câncer de colo de útero, um simples exame preventivo ginecológico pode colaborar com a prevenção”, reforça Ana Cristina Hernani.
Ao final da roda de conversa, Michele aproveitou para deixar um recado para as mulheres que estão enfrentando o câncer de mama.
“Tem que enfrentar de peito aberto, porque tem cura. Não se esconda. Procure um bom profissional da área da saúde e faça o tratamento. Isso vai passar”, concluiu.