foto: Real Valladolid/divulgação e Staff Images/Cruzeiro/divulgação
Clubes de Ronaldo, Real Valladolid e Cruzeiro têm patamar de investimento diferente na LaLiga 2 e na Série B
Clubes dos quais Ronaldo é acionista majoritário, Real Valladolid e Cruzeiro têm realidades financeiras distintas e estão inseridos em mercados muito diferentes. Isso se reflete no orçamento que cada um teve para a disputa da segunda divisão nesta temporada. Em LaLiga 2, o time espanhol teve o segundo maior teto salarial. Já a Raposa tem o orçamento mais modesto entre os grandes da Série B.
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Para a temporada, LaLiga alterou os tetos de gastos dos clubes das duas divisões e definiu que o Real Valladolid teria direito a um limite de investimento de 29 milhões de euros (R$ 147 milhões), o que não chegou a ser atingido.O teto estabelecido pela LaLiga inclui o valor máximo que o clube pode gastar com salários de jogadores, comissão técnica e categorias de base.Segundo Ronaldo, o Real Valladolid conseguiu o acesso à primeira divisão com investimento anual no futebol de 22 milhões de euros (R$ 112 milhões). Nesta edição da LaLiga 2, o teto salarial geral estabelecido pela organização foi de 252 milhões de euros (R$ 1,28 bilhão). O Eibar foi o clube com o maior limite de gastos (30 milhões de euros/R$ 152 milhões), mas ainda assim terminou a competição em terceiro, sem o acesso direto, atrás de Almería e Real Valladolid.Para subir, o Eibar terá que disputar o playoff com Las Palmas, Tenerife e Girona.Na Espanha, o teto de gastos é baseado no que os clubes arrecadam. Cada agremiação ou Sociedad Anónima Deportiva (SAD, similar à SAF, no Brasil) propõe o seu limite de investimento, que é validado ou não pela LaLiga. É essa regulação que garante a estabilidade financeira dos participantes.De acordo com Ronaldo, a tendência é que o Real Valladolid tenha um orçamento de 55 milhões de euros na primeira divisão para a temporada 2022/2023. Isso representa R$ 280 milhões. O valor exato será definido nesta quarta-feira (1), em reunião entre o Fenômeno e a direção executiva do clube.
Orçamento do Cruzeiro na Série B
Quando a gestão de Ronaldo assumiu o Cruzeiro, em dezembro passado, uma das primeiras providências foi reduzir o orçamento para a temporada na Série B de R$ 90 milhões para R$ 35 milhões. O valor anterior, estipulado pelo presidente da associação, Sérgio Santos Rodrigues, foi considerado fora da realidade.À época, Ronaldo explicou que o Cruzeiro deixaria para trás a política de gastos acima do faturamento. A redução drástica do orçamento para o futebol em 2022 tinha relação com a previsão de receitas estimada em R$ 60 milhões.”Assim que anunciamos a compra da SAF, começamos a mergulhar no que era o orçamento do ano do clube. A primeira coisa que encontrei foi um orçamento de R$ 90 milhões com uma receita de R$ 60 milhões, que, inclusive, está gasta. Baixamos o orçamento para R$ 35 milhões, quase três vezes menos. É um momento de reações impopulares, mas que são extremamente necessárias para que o clube volte a ser grande como não deveria ter deixado de ser”, justificou o acionista majoritário naquela ocasião.O orçamento de R$ 35 milhões, que vem sendo cumprido à risca, prevê pagamentos de salários de jogadores, comissão técnica e funcionários; direitos de imagem, luvas, comissões, negociações e custos operacionais. Graças a essa mudança, os salários voltaram a ser pagos em dia na Toca.Entre os clubes com maior potencial de acesso à Série A, o Cruzeiro é o que tem o orçamento mais baixo. Ainda assim, lidera com folga a Série B, com 22 pontos.O Grêmio, quinto colocado, estipulou o custo de atividade do desporto em R$ 213,7 milhões nesta temporada, sendo R$ 147,2 milhões com remunerações do futebol profissional e do administrativo.O Vasco, vice-líder, despenderá R$ 75 milhões com salários e encargos em 2022, contando futebol e administrativo.O Sport, quarto colocado, tem orçamento de R$ 59 milhões este ano. Já o Bahia, terceiro colocado, também se concentra em enxugar gastos este ano. Dos R$ 95,6 milhões esperados de faturamento, R$ 52 milhões irão para o futebol.Diferentemente do que ocorre na Espanha, no Brasil não há uma entidade para regular os gastos dos clubes que disputam o Campeonato Brasileiro. Essa será uma das funções da Libra, liga que deverá assumir a gestão dos torneios a partir de 2025.