Antonio de Pádua Costa - Nasceu em Pindamonhangaba a 24 de janeiro de 1900. Faleceu a 6 de agosto de 1947. Fez os primeiros estudos no Colégio de sua progenitora. Estudou algumas matérias do curso secundário com o professor Pinto Pestana. Foi, durante cerca de 20 anos, funcionário da E. F. Campos do Jordão e, depois, pertenceu ao quadro de escriturários da Companhia Siderúrgica Nacional. Como jornalista, dirigiu, de 1937 a 1938, a "Tribuna do Norte", de que já era colaborador. Poeta, jornalista, etc. Bibliografia: "Votar em branco", soneto satírico em "Poetas Pindenses", "7 dias", Pindamonhangaba; também in "Poetas do Norte de S. Paulo", por Inocêncio Candelária, "Gazeta de Mogi", Mogi das Cruzes, 23-11-1952; "Lábio de baton", idem.
Antonio Raposo de Almeida - Nasceu em Pindamonhangaba, a 22 de agosto de 1854. Iniciou os estudos de humanidades na Bahia, depois matriculou-se na Faculdade de Direito de Recife. Teve de abandonar o curso acadêmico. Regressou à sua terra natal, começando logo a colaborar no "Pindamonhangabense". Transferindo sua residência para S. Bento de Sapucaí, nessa cidade fundou "O Americano" e "O Liberal", tendo sido vereador, presidente da Câmara e juiz municipal. Em São José do Paraíso, para onde se mudou mais tarde, fundou dois jornais: "Teófilo Otoni" e "Gazeta do Paraíso", tendo ocupado os cargos de delegado de polícia e promotor público. Eleito deputado por Minas Gerais, passou a residir em Pinhal (1887-1888), exerceu as funções de curador geral e juiz-de-órfãos. Fundou "O Pinhalense". Nesta capital, trabalhou posteriormente no "Comércio de S. Paulo", fundou e dirigiu "A Tribuna" e colaborou na "Gazeta" e na "Notícia". Foi também redator de "O S. Paulo". Em Santos, estabeleceu-se como advogado, foi redator-chefe do "Diário de Santos" e, em 1919, lançou mais um jornal: "Santos-Jornal". Membro do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo. Jornalista, historiador, orador, etc.
Ari Silva - Nasceu em Pindamonhangaba a 7 de junho de 1924. Fêz o curso primário no Grupo Escolar "Cel. Almeida", de Mogi das Cruzes. Formado, em 1945, pela Escola Técnica de Comércio Braz Cubas, onde é assistente de Geografia Geral. Foi sucessivamente bibliotecário tesoureiro, secretário, orador e presidente do Grêmio Braz Cubas, da mesma escola. Presidente e orador oficial do Aero Clube. Colaborador da "Gazeta de Mogi" e do "O Liberal". Diretor do mensário "Braz Cubas". Atua também na Rádio Tupi e na Televisão. Membro da Sociedade Paulista de Escritores. Contista, romancista, poeta, etc.. Bibliografia: "Homens e paisagem", contos; "Soneto", in "Poetas Pindenses", por João Martins de Almeida, "7 Dias", Pindamonhangaba.
Armando Gomes de Araújo - Nasceu em Pindamonhangaba a 18 de julho de 1882. Faleceu a 14 de junho de 1950 nesta capital. Filho do maestro João Gomes de Araújo. Iniciou os estudos nos externatos "Aurora" e "Paulista". Formado, em 1898, pela Escola Complementar e, em 1912, pela Escola Normal de S. Paulo, tendo conquistado o prêmio de Pedagogia. Uma vez diplomado pela Escola Complementar Anexa, foi nomeado adjunto do grupo escolar "Joaquim José", de S. João da Boa Vista. Lecionou também no grupo "Dr. Lopes Chaves", de Taubaté, e nas Escolas Reünidas da Lapa e grupo escolar "Maria José", nesta capital. Foi auxiliar e depois diretor das Escolas Noturnas Reünidas. Em 1911, fundou o Externado Normal de Preparatórios. Exerceu o cargo de diretor da Escola Normal Padre Anchieta, Escola Normal, Ginásio Anglo-Latino, Ginásio S. Paulo, Caixa Escolar do Estado; de vice-diretor do Instituto de Educação Caetano de Campos; de diretor fundador do Instituto Musical de S. Paulo, de lente de pedagogia da Escola Normal; de vice-presidente do Centro do Professorado Paulista, inspetor de ensino e secretário da Associação dos Cronistas Esportivos. Como homem de imprensa, fêz parte dos colaboradores da "Cigarra", de Gelásio Pimenta. Teatrólogo, cronista, educador, etc. Bibliografia: "Castelos dourados", burleta, S. Paulo, 1920; "Rosas e espinhos", burleta, S. Paulo.
Baltazar de Godói Moreira - Nasceu em Pindamonhangaba a 13 de janeiro de 1898. Fez os estudos primários no Externato Santo Antônio, de sua cidade natal, e no Grupo Escolar da Barra Funda. Diplomado pela Escola Normal Secundária desta Capital, em 1919. Foi professor primário em Indaiatuba, de 1920 a 1923; diretor das Escolas Reunidas de Piratininga, de 1923 a 1929; diretor de grupo em Marília, de 1930 a 1935 e em Pindamonhangaba, de 1936 a 1938; diretor do Ginásio do Estado em Marília, até 1940. Inspetor escolar na Delegacia de Taubaté. Foi funcionário da Recebedoria de Rendas da Capital em 1916. Tomou parte na Conferência Nacional de Educação em 1929. Como homem de imprensa, pertenceu às redações de "Alto Cafezal", de Marília (1930-1940); "Nosso Jornal", de Caçapava, etc. Vencedor, em segundo lugar, do Concurso de Contos Infantis do Departamento Estadual de Informações e em primeiro no Concurso de Edições Melhoramentos, com "Eu, Serafim e o Zeca". Poeta, pedagogo, autor de livros para crianças, etc. Bibliografia: "Marília, cidade nova e bonita", Marília, Ed. Alcides Lages Magalhães, 1936, 304 p., "Domingo", poesia, 2a. Série, pp. 154-155; "Deslumbramento", poesia, 3a. Série, p. 47-48; "Eu, Serafim e o Zeca", literatura infantil, obra premiada pela Companhia Melhoramentos, S. Paulo, Ed. Melhoramentos, 1950.
Benedito Marcondes César - Nasceu em Pindamonhangaba, a 10 de abril de 1897. Fez os primeiros estudos no Colégio Santo Agostinho. Formando em farmácia no Rio de Janeiro, voltou à terra natal, onde ocupou o cargo de lente da Escola de Farmácia e Odontologia (1915). Mais tarde, resolveu fazer, também, o curso médico. Retornou à capital da República, diplomando-se pela Faculdade de Medicina em 1921. Obteve ao mesmo tempo o grau de bacharel em ciências e letras pelo Colégio Pedro II. Poeta desde os 13 anos de idade, escreveu vários volumes de versos; com 18 publicou o seu primeiro livro, "Musa dos vinte anos". Transferindo-se para Guararema, abriu consultório clínico. Clinicou nesta capital e em várias cidades do Estado. Redigiu jornais pindamonhangabenses. Contista, teatrólogo, biógrafo, etc. Bibliografia: "Musa dos vinte anos", versos, 1917; "Violino", versos, 1918; "Bélgica, coroada de espinhos", poemeto, 1919; "Verônica", romance, 1921; "Guiso de cascavel", contos, 1928; "Angústia", versos; "Antigamente", versos; "Eleutério", poema sobre a revolução paulista; "Epopéia de sangue e fogo", idem; "Estácio de Sá", história da fundação do Rio de Janeiro; "Flor de samambaia", romance; "Interlagos", idem; "Maringá", idem; "Destinos", idem; "Tudo pode acontecer", idem; "Canto do cisne", comédia; "Foi", idem; "Ausência", idem; "O morcego", tragédia; "Perdoa-me", versos; "A filha do humorista", drama; "Trapos", versos; "Machiavel, drama histórico; "Barão Homem de Melo", estudo biográfico; "Getúlio perante a história", "O Teatro no Brasil"; "O rio das Mortes", geografia; "Jornalismo, crônicas e artigos"; "Herança mórbida"; "Psicoses modernas"; "A falta de educação sexual das moças brasileiras"; "O gênio retardatário do Padre Vieira"; "O desvio de atenção em Guerra Junqueiro"; "Atenuantes e agravantes", direito; "Dosagens dos sais", química; "Analogia entre vegetais e animais", história natural; "Telhados de vidro", versos humorísticos e satíricos publicados em 1923.
Benedito Marcondes Homem de Mello - Nasceu em Pindamonhangaba, a 10 de abril de 1835. Faleceu a 25 de outubro de 1890. Pertenceu, como politico, ao Partido Liberal. Foi, em 1860, nomeado major da Guarda Nacional, sendo, mais tarde, promovido a tenente-coronel. Dedicou-se às letras, tendo deixado vários trabalhos inéditos. "Foi um dos pindenses que mais se distinguiram entre os de sua geração" (Ataiel Marcondes). Bibliografia: "Dicionário geográfico da Província de S. Paulo", inacabado; "Almanaque Literário de 1877", S. Paulo, 1877.
Benedito Salgado da Silva - Nasceu em Pindamonhangaba a 21 de julho de 1888. Faleceu nesta capital a 4 de dezembro de 1930. Adotou o sobrenome do pai de criação, dr. José Antonio Vieira Salgado, passando a assinar-se "Benedito Salgado". Veio, em 1890, para esta capital onde iniciou os seus estudos, fazendo exames parcelados de 1908 a 1909. Abandonando os preparatórios, dedicou-se, por algum tempo, ao comércio. Em 1913, matriculou-se na Faculdade de Direito de S. Paulo, bacharelando-se em 1917. Colaborou na "Revista da União Farmacêutica", sob o pseudônimo de "João dos Anzóis". Consagrou-se ao magistério particular, tendo sido professor de português no Instituto Médio Dante Aleghieri. Estudioso, possuía uma biblioteca de mais de oito mil volumes. Conhecia latim e grego. Poeta. Bibliografia: "Versos escolhidos"; "Microcosmo", sonetos, S. Paulo, Ed. Liceu Coração de Jesus, 1924; "Velha lenda" e "O intelectual", in "Poetas do Norte de S. Paulo", por Inocêncio Candelária, "Gazeta de Mogi", Mogi das Cruzes, 20-1-1952.
Berta Celeste Homem de Mello - Nasceu em Pindamonhangaba, a 21 de março de 1915. Fez o curso pri-mário no Grupo Escolar "Dr. Alfredo Pujol", sendo farmacêutica na Escola de Farmácia e Odontologia local. Com o pseudônimo de "Condessinha", tem escrito várias crônicas e poesias para emissoras do Rio de Janeiro e de S. Paulo. Colaboradora d'"O Malho", do "Jornal das Moças", etc. assinando seus versos em estilo sertanejo com o pseudônimo de "Condessinha" e os de outros gêneros de "Celes". Sua poesia "Siá Rita", composta de 36 versos de 8 sílabas, foi gravada em disco Odeon. Autora da tradução, vencedora em concurso, da saudação "Happy birthday to you" (Parabéns a você), gravada no Brasil e em Portugal. Valdomiro Lobo gravou em disco sua "Capelinha do Arraiá". Bibliografia: "Siá Rita", poesia, gravada em disco; "Ruínas", em "Poetisas Pindenses", "7 Dias", Pindamonhangaba.