Jaula invisível
Dia 31 de maio, em Pindamonhangaba-SP, aconteceu o lançamento do segundo livro do jovem poeta William Castilho.
Em Mãos Machucadas, seu livro de estreia, o poeta iniciante deu vazão ao clássico eulírico: aquele que fala de sentimentos como o amor e a saudade e tira do próprio coração a matéria-prima de seus poemas.
Nesta segunda obra, o poeta se coloca como porta-voz do seu tempo; desvia os olhos do mundo interior para olhar atento o mundo ao seu redor. E percebe, revoltado, as grades e correntes que oprimem e pesam sobre os homens – grilhões que o sistema forja dia a dia nas oficinas de um capitalismo cada vez mais exacerbado.
“Chegamos a um ponto de saturação”, diz o texto que ilustra a orelha do livro. “Pessoas saem às ruas, protestam, se rebelam, lutam. Uma luta, talvez, para a qual todas as armas, como diria Leminski, sejam buenas.
Todas: piedras, noches, poemas. Eis William Castilho, armado com os seus.”
A noite literária contou com sarau e apresentação musical da banda Lumens. Prestigiando o autor encontravam-se amigos e familiares. Presente também o editor Tonho França, um dos responsáveis pela editora que publicou livro do William: a PENALUX.
No formato 14cm x 21cm, Jaula Invisível foi lançado pelo selo Lampejos e traz, nas suas bem cuidadas cem páginas em papel pólen bold, um autor mais maduro e hábil no trato com as palavras.