Uma curiosidade é a de que a novela teve parte gravada em preto e branco e parte gravada "em cores", ou seja, a partir de 10 de julho de 1974, Os Inocentes foi a primeira novela colorida a ser exibida pela TV Tupi – Canal 4.
Outro fato interessante a registrar é o de que, em virtude do afastamento de Gianfrancesco Guarnieri da TV Tupi, Ivani Ribeiro teve que reescrever vinte capítulos já prontos e gravados para que o personagem do ator pudesse sair de cena.
Na equipe técnica, demonstrando com que simplicidade e economia de recursos eram feitas as novelas brasileiras, estavam Pedro Jacinto, na sonoplastia, César Douglas e Amilcon Queiros, na iluminação e Edu Marinho na cenografia.
No dia 7 de setembro de 1974, sete meses depois de ir ao ar o capítulo de abertura, Os Inocentes chegava ao seu último capítulo e ao desfecho de toda a trama.
Sucedendo Ivani Ribeiro, no horário das oito, seria exibida a novela Ídolo de pano, escrita por Teixeira Filho e dirigida por Henrique Martins e Atílio Riccó.
Em 1980, a TV Tupi teria sua concessão cassada e, posteriormente, adquirida, junto ao governo federal, por Silvio Santos, agora com o nome SBT.
Na internet, através do youtube, ainda é possível assistir a alguns capítulos da novela, disponibilizados pela Cinemateca Brasileira, e por eles revolver a memória e retroceder a uma cidade interiorana e bucólica de quarenta anos atrás.
Interessante e curiosa é a participação do prefeito de então, Jovem Polydoro, em uma rápida troca de palavras com Cláudio Corrêa e Castro, o Padre João. Jovem Polydoro foi duas vezes prefeito de Roseira e é pai do atual prefeito Jonas Polydoro, em terceiro mandato.
Líder de audiência, Os Inocentes bateu duas novelas concorrentes da TV Globo: O semideus e Fogo sobre a Terra, ambas escritas por Janete Clair. Depois do sucesso de Os Inocentes na TV Tupi, a emissora de Roberto Marinho levou ao ar três telenovelas inspiradas na peça teatral de Friedrich Durrenmatt: Cavalo de Aço (1973), Feral Radical (1988), ambas escritas por Walther Negrão, e Fera Ferida (1993/1994), com texto de Aguinaldo Silva, Ana Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.