Os estudos sobre gênero são recentes no Brasil. No Vale do Paraíba, em especial, ainda são incipientes, o que torna a decisão do Instituto de Estudos Valeparaibanos de adotar a temática ainda mais procedente.
A intensificação desta pauta para os próximos dois anos é uma contribuição deveras importante para a historiografia regional e para as mulheres que poderão ver desnudados, através da história, os papéis por elas exercidos e as ações por elas desencadeadas ao longo dos últimos séculos.
Que as pesquisas desencadeadas nos próximos dois anos sejam frutuosas e que as mulheres participem com a mesma força e empenho que as fizeram conquistar, ao longo da história, as relações de igualdade pelas quais sempre lutaram.
Cinco moças de Guaratinguetá - Di Cavalcanti
Emiliano Di Cavalcanti teve suas passagens por Guaratinguetá-SP, especialmente quando contratado para fazer um belíssimo painel no Clube dos 500, entre 1950 e 1951, para compor, com a arquitetura de Oscar Niemeyer e o paisagismo de Burle Marx, o belíssimo conjunto em que se transformou o Hotel concebido às margens da Via Dutra, entre Rio e São Paulo, para ser uma espécie de time sharing, uma propriedade compartilhada entre 500 amigos.
Bem antes disso, entretanto, Di Cavalcanti pintou Cinco moças de Guaratinguetá (1930), um clássico que hoje faz parte do acervo do MASP (Museu de Arte de São Paulo) e que foi reproduzido em selo dos Correios, em 1974.
Cinco moças de Guaratinguetá é um óleo sobre tela medindo 90x70cm e traz forte influência cubista.
Di Cavalcanti nasceu no Rio de Janeiro, em 6 de setembro de 1897, e faleceu, na mesma cidade, em 6 de outubro de 1976, aos 79 anos.