João Brás de Oliveira Arruda – Nasceu na “Fazenda Cascata”, a 16 de abril de 1861. Faleceu a 18 de setembro de 1943, nesta capital. Fêz os primeiros estudos no Colégio do “Dr. Miguel Arcanjo”, em Barra Mansa. Freqüentou, depois, o Colégio Abílio. Formado, em 1881, pela Faculdade de Direito de S. Paulo. Exerceu a advocacia nesta capital, onde, desde estudante, trabalhava no escritório do Prof. Joaquim José Vieira e Carvalho. Seguiu, depois, a magistratura, em Jaboticabal (1886) e Campinas (1886-1890). Retornou à advocacia, inscrevendo-se, em 1906, no concurso aberto na Faculdade em virtude da promoção do dr. Reinaldo Porchat a catedrático. Foi aprovado em primeiro lugar, sendo nomeado a 17 de outubro. Tomou posse a 29, recebendo o grau de doutor. Lente catedrático de Filosofia do Direito em 1910. Em 1911, foi designado para reger, como professor ordinário, a cadeira de Introdução Geral ao Ensino de Direito ou Enciclopédia Jurídica. Restaurada, mais tarde, a cadeira de Filosofia do Direito, voltou a lecioná-lo. Jurisconsulto e historiador.
Bibliografia: “Ciência social. Estudo jurídico”, Bananal, 1881, 43 p.; “O direito romano e o seu método”, S. Paulo, Tip. Andrade & Melo, 1903; “Preleções de filosofia do direito”, S. Paulo, Tip. Escolas Profissionais Salesianas, s/d; “Resumo das lições de direito criminal”, S. Paulo, Tip. “O Globo”, 1909; “Filosofia de S. Paulo”, 1915; “União Sul-americana”, Rio, Jacinto Ribeiro & Cia. 1924; “Do regime democrático”, S. Paulo, Editora Ltda., 1925; “O Molóch moderno”, S. Paulo, Editora Ltda., 1932; “O regime democrático”, S. Paulo, Editora S. Paulo.
João José Frederico Ludovice – Faleceu em Uberaba, a 3 de junho de 1892. Estudou as primeiras legras no antigo Colégio Marinho, do Rio de Janeiro. Foi, depois, prático de farmácia em sua cidade natal. Formado, em 1874, pela Faculdade de Direito de S. Paulo. Foi várias vêzes deputado pelo Partido Conservador, à Assembléia de Minas Gerais, durante o império. Residiu muito tempo em Uberaba, onde foi advogado, professor da Escola Normal e redator de “A Gazeta”. Redigiu, em 1872, a “Revista Comercial”. Exerceu a advocacia em Franca e várias cidades mineiras. Cronista, dramaturgo, historiador, poeta, jornalista, etc.
Bibliografia: “Rabiscas acadêmicas”, crônicas e versos. S. Paulo, s/d; “Os milagres de S. Francisco”, drama representado em Ouro Prêto, 1894.
José Luiz de Almeida Nogueira – Nasceu na fazenda “Loanda”, a 4 de fevereiro de 1851. Faleceu no Rio de Janeiro a 16 de julho de 1914. Depois de ter aprendido as primeiras letras na propriedade agrícola paterna e de ter cursado um colégio de Barra Mansa, seguiu, em companhia de um preceptor, para a Europa, tendo estudado humanidades no Instituto “Prunières” e no Liceu Bonaparte, depois Liceu Condorcet, em Paris. Regressando ao Brasil (1853), prosseguiu nos estudos em Bananal. Matriculou-se, em 1869, na Faculdade de Direito de S. Paulo, onde se doutorou em 1874. Em 1873, foi eleito deputado provincial pelo 2.º distrito, sendo reeleito para o biênio seguinte. Na legislatura de 1876-1879, foi eleito deputado geral. Em sua terra natal, redigiu “O Embrião”. Foi redator-chefe do “Correio Paulistano” quando da proclamação da República. Fêz parte, como deputado, da Constituinte e do Congresso Nacional em várias legislaturas. Senador estadual, de 1898 a 1903. Ingressou na Faculdade de Direito, como professor substituto, a 7 de novembro de 1890. No ano subsequente, nomeado lente catedrático, assumiu, em 24 de fevereiro, a segunda cadeira da terceira série de Ciências Sociais. Em 1896, designou-se-lhe a segunda cadeira de Economia Política, ciência das finanças e contabilidade do Estado. Representou o Brasil no 4.º Congresso Pan-Americano de 1910. Redigiu “O Monitor Paulista”, de 1878 a 1881. Sua obra “A Academia de S. Paulo, tradições e reminiscências”, em 9 volumes, foi primeiro publicada no “Correio Paulistano”. Aí fêz a biografia episódica dos estudantes e dos mestres, acentuando picarescamente os seus traços pessoais. Historiador, biógrafo, crítico, juris-consulto, cronista, parlamentar, etc., “...espírito finamente educado e pronto na concepção e na fatura da escrita, não havia um departamento no jornal (“Correio Paulistano” em que não patenteasse a destreza de sua pena...” (Venceslau de Queiroz). “...é um prosador chistoso, elegante, polemista de forte envergadura” (Artur Goulart). “Didata notável, eminente professor universitário” (Afonso d’E. Taunay”.
Bibliografia: “Direito civil. Dissertação sôbre a tese “Na herança ou legado condicional transmite-se a esperança debitium-iri?”, S. Paulo, Tip. “O Constituinte”, 1872, in-8.º; “Ensaios jurídicos e sociais”, S. Paulo, Tip. Americana, 1873, in-8.º; “Estudo sôbre a denominação “Economia Política”, S. Paulo, Tip. Espíndola, Siqueira & Cia.,1905; “Economia Política. Qual é o objetivo da Economia Política?, S. Paulo, 1906; “Economia Política e Ciência das Finanças. Programas de ensino apresentados à Congregação da Faculdade de Direito de S. Paulo nos anos 1891 a 1906”; “Estudo teórico e prático sôbre fiança às custas no direito processual brasileiro”, S. Paulo, 1909, 74 p., in-8.º; “Tratado teórico e prático de marcas industriais e nome comercial”, S. Paulo, Hennies Irmãos, 1910. 2 vols.; “A taxa de câmbio e a economia nacional”, por Mac-Level, trad., S. Paulo, 1910, 68 p., in-8.º; “Empréstimos. Estudo de ciências e finanças”, S. Paulo, 1912; “A Academia de S. Paulo. Tradições e reminiscências. Estudantes. Estudantões. Estudantadas”, Lisboa, Tip. A Editora Ltda., 1907, 1912, 9 vols.; “Marcas industriais e nome comercial. Projeto de reforma da legislação pátria”, S. Paulo, Tip. Siqueira, Nagel & Cia., 1913; “Curso didático de economia política”, S. Paulo, Tip. Siqueira, Nagel & Cia., 1913; “Ligeiros estudos”.
José Pereira da Cunha Filho – Nasceu a 12 de junho de 1891. Faleceu nesta capital a 2 de setembro de 1951. Diplomado pela Escola Normal da Praça. Em 1911, matriculou-se na Faculdade de Direito de S. Paulo, formando-se em 1916. Foi, até 1942, lente de História da Civilização da Escola Normal “Padre Anchieta”, e de Biologia da Escola Normal “São Paulo”. Orador, poeta e jornalista. Publicou, além de colaborações em jornais e revistas, vários compêndios educativos.
Bibliografia: “A chegada de Anchieta”, in “O Bom Ginasiano”, por Máximo Moura Santos e Francisco Lopes de Azevedo, Rio, Alves, 1942, 2.ª série, p. 40-42, 19x14 cm.
José Ramos Nogueira – Nasceu a 10 de agôsto de 1884. Faleceu em Valença a 8 de agôsto de 1938. Estudou as primeiras letras em sua terra natal. Mais tarde, cursou a Academia “Viveiros de Castro”, do Rio de Janeiro. Colaborou em diversas revistas e jornais do Interior, do Rio de Janeiro e de S. Paulo, inclusive o “Correio Paulistano” e “O Dia”, de Ribeirão Prêto. Exerceu a advocacia em Bananal e foi tabelião em Rezende. Teatrólogo, poeta, etc.
Bibliografia: “Purema”, peça teatral; “Lantejoulas”, versos, com prefácio de Renato Travassos, Rio, Est. Gráf. Canuto & Reile, 1932, 153 p., 19x14 cm.
José Vicente Alvares Rubião – Nasceu a 27 de dezembro de 1887. Fêz o curso de humanidades no Ginásio do Estado, bacharelando-se pela Faculdade de Direito de S. Paulo, em 1912. Logo após a sua formatura, exerceu o cargo de auxiliar do procurador fiscal do Estado, ocupando, mais tarde, as funções de secretário da presidência do govêrno Altino Arantes. Foi, ainda, diretor-superintendente do Banco Noroeste. Deixando êste posto, passou a superintender o Banco do Estado, como um de seus diretores. Além de uma série de conferências, publicou, na imprensa do Rio e de S. Paulo, numerosos trabalhos sôbre economia política e finanças. Estêve vários anos na Europa, cujos principais países visitou demoradamente, fazendo estudos sôbre ciências econômicas e sociais. Nesse tempo, bacharelou-se em Filosofia, na Sorbonne, diplomando-se, também, pelo Colégio de França e pela Escola de Altos Estudos Sociais e Políticos. É membro do Conselho Técnico de Economia e Finanças da Secretária da Fazenda, presidente do Conselho da Caixa Econômica do Estado. Foi presidente do Rotary Clube de São Paulo em 1932, sendo reeleito para o exercício seguinte. Redator-chefe do “Correio Paulistano” e 9.º tabelião de Notas da capital.
Bibliografia: “Rodrigues Alves e Rubião Júnior”; “Influência dos fatores econômicos nas relações internacionais.”
Luiz Barbosa da Silva – Nasceu na fazenda “Cascata”, a 30 de outubro de 1840. Faleceu a 26 de junho de 1875. Estudou, primeiramente, no colégio do Castro, em Botafogo (Rio); depois, no Colégio Kopke, de Petrópolis. Matriculou-se, com 15 anos de idade, na Faculdade de Direito de S. Paulo, formando-se em 1860. No mesmo ano de sua formatura, abriu escritório de advocacia na capital da República. Em 1864, entrou com seu irmão Antônio Barbosa da Silva e Souza, para a redação de “Atualidade”, dirigida por Sílvio Farnese. Nesse jornal trabalhou ao lado de Bernardo Guimarães. Foi, por alguns meses, presidente do Rio Grande do Norte (1866-1867). Em 1870, partiu para a América do Norte. De volta ao Brasil, inscreveu-se entre os abolicionistas. Tornou-se o panfletário “Teodoro Parker”, das colunas d “A República”, que ajudou a sustentar. Nos últimos dias de sua vida (1874-1875), exerceu a advocacia em Barra Mansa, isolando-se às vêzes em sua fazenda de Passa Três. Abolicionista, poeta, panfletário. “...tipo de cidade que tudo sacrificou em serviço de suas crenças políticas e sociais” (A. M. Miranda Azevedo).
Bibliografia: “Elemento servil”, panfleto, sob o pseudônimo de “Teodoro Parker”; “Osório”, poesia, 1870; “Novo plano de composição tipográfica”, 1872.
Manuel de Magalhães Couto – Nasceu a 23 de agôsto de 1839. Faleceu no Rio de Janeiro a 23 de março de 1900. Formado pela Escola de Direito de Paris. Fêz os primeiros anos do curso na Faculdade de S. Paulo. Em 1863, regressou ao Brasil, fixando residência no Rio de Janeiro, onde se dedicou ao magistério. Foi professor e diretor do Instituto dos Surdos-Mudos. Lecionou francês na Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional. Professor livre do ensino primário, lente substituto de francês do Colégio Pedro II. Catedrático do internato.
Bibliografia: “Lições de aritmética organizadas para os alunos do Instituto de Surdos-Mudos”, Rio, 1869, in 12.º; “Dicionário francês gramatical”, inédito.
Manuel Venâncio Campos da Paz – Nasceu a 7 de outubro de 1850. Faleceu no Rio de Janeiro a 26 de junho de 1888. Assentou praça a aspirante da guarda-marinha a 26 de fevereiro de 1867. Nomeado guarda-marinha (1871) fêz a sua viagem de excursão a Montevideu na corveta “Baiana”. Em 1873, já segundo tenente, viajou nas canhoneiras “Araguari” e “Ipiranga”. Assistiu à construção do “Javari” na Europa. Serviu no “Solimões”, no “Sete de Setembro” e no “Lima Barros”. Diplomou-se, em 1879, pela Escola Politécnica do Império. Foi então designado para estudar no Velho Mundo o fabrico e uso de torpedos. Era engenheiro geógrafo pela Escola Politécnica, sócio fundador da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, membro da Society of Telegraph, Engineers and Electricians, de Londres; sócio da Sociedade de Geografia de Lisboa. Colaborou em “Comércio”, de Pelotas.
Bibliografia: “Zulmira”, novela, in “Comércio”, Pelotas; “Guia prático para a montagem e desmontagem de torpedo Whitead”, 1884; “Torpedo Whitead”, 1886.
Nelson da Cunha Azevedo – Nasceu no ano de 1912. Diplomado pela Escola Normal de Guaratinguetá. Professor da cadeira de educação da Escola Normal anexa ao Ginásio Paulistano. Tem colaborado em vários jornais e revistas de S. Paulo e do Rio de Janeiro. Poeta modernista, ensaísta, educacionais, etc.
Bibliografia: “Cirandinha”, poesia, in “O Bom Ginasiano”, Rio, Alves, 1942, 26-27, 19x14 cm; “Elementos de psicologia”, de parceria com Alberto Conte, S. Paulo, Ed. Brasil, 1945, 138 p.; “Psicologia educacional”; “O conceito da liberdade na escola nova”, ensaio; “Psicologia da aprendizagem”; “Pesquisas em vocabulário”.
Telésforo de Sousa Lobo – Nasceu a 31 de julho de 1881. Cursou primeiro a Escola Preparatória e de Tática do Realengo, no Rio de Janeiro. Depois, matriculou-se na Faculdade de Direito de S. Paulo, colando grau em 1910. Foi um dos colaboradores de revista paulistana “A Cigarra”, ao tempo de Gelásio Pimenta. Publicista.
Bibliografia: “S. Paulo na Federação”, com prefácios de Marcolino Fagundes e Fernando Nobre, S. Paulo, 1924, 278 p.; “O Brasil confederado”, S. Paulo, Tip. Escolas Profissionais Salesianas, 1933.