A história não é do passado, é do presente.
A historicidade do homem está ligada à sua salvação na Terra. Daí a estreita ligação escatológica entre a história, o presente e a salvação.
São as inquietações, os problemas presentes que levantam as perguntas novas que se devem fazer aos velhos documentos. Sem a formulação do presente, o passado é morto.
É necessário criar um homem novo no Brasil, que não seja feito à imagem de sua liderança.
Uma liderança que detesta seu povo, que o oprime, que lhe nega tudo, que desejaria ter outro povo – branco, educado, culto –, não tem o direito de liderá-lo. Assim, a missão do historiador é mostrar a necessidade de derrotar a opressão, as ditaduras, as minorias elitistas, que querem tudo para si e nada dar ao povo.
O povo brasileiro é uma vítima, um derrotado político da história, embora a construção deste país a ele se deva.
A história não é a tradição. A tradição sempre cria uma ideologia com o propósito de controlar indivíduos, ou motivar sociedades, ou inspirar classes. Nada tem sido tão corruptamente usado como o conceito de tradição.