Foi ela edificada pelos fiéis, e limitadíssimo auxílio tem recebido até hoje dos cofres provinciais. Tem por padroeiro a Santa Antonio. Uma das cousas mais dignas de admiração que ali se observa é a capela do SS. Sacramento, tôda dourada, obra de bastante gôsto e arte, mandada construir a expensas do finado alferes Antônio de Paula e Silva, cidadão distinto por suas virtudes, e que ainda hoje é chorado pela pobreza, de quem foi sempre infatigável protetor.
Além da matriz, existem na cidade as igrejas do Rosário, de S. Gonçalo, Santa Rita e a capela de S. Miguel.
No município há mais seis capelas, que, à exceção da consagrada à Senhora da Aparecida, estão em abandono.
A cadeia e a casa da câmara, juntas em um mesmo edifício, são sofríveis, se bem que a primeira reclame urgentes reparos.
Esta povoação é uma das mais antigas da província, pois a sua fundação data de 1651. Jacques Félix, segundo Pedro Taques, penetrou aqui, estando ainda em sertão inculto êste lugar, e com gentios habitadores dêle, pelo rio Paraíba, que vai correndo a introduzir-se nos campos dos Goitacazes, em 1646.
“Era o intento principal desta expedição, continua o citado autor, o descobrimento de minas, para cujo efeito obteve provisão, data do Rio de Janeiro no mesmo ano de 1646, de Duarte Corrêa Vasques Anes, como administrador das minas. O capitão Domingos Leme foi o fundador desta vila, na qual tendo levantado pelourinho por ordem do capitão-mor ouvidor Dionísio da Costa, em nome do donatário D. Diogo de Faro e Sousa, a 13 de fevereiro de 1651, lhe fêz as justiças em 5 de julho de 1656 o capitão-mor ouvidor em nome do donatário Luís Carneiro, conde da Ilha do Príncipe.”
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