O maestro Vinicius lembra que em 1993, no dia 7 de setembro, por ocasião do desfile cívico “ocorreu o divisor de águas da história da música queluzense. Naquele dia apresentou-se pela primeira vez a Banda Marcial do Colégio Estadual Paula França, deixando a população atônita devido a sua diferente formação e composição. Quase todos os participantes eram jovens músicos da cidade!” Estava selado o compromisso dos munícipes com a deusa Euterpe. Certamente, Santa Cecília, padroeira dos músicos, encontrou seu espaço ao lado de São João, padroeiro da cidade.
Um local de aperfeiçoamento
Com o intuito de educar musical-mente, em 2002, o atual prefeito de Queluz, José Celso Bueno, como secretário de cultura trouxe para a cidade o Projeto Guri. O polo do Guri no município foi um dos primeiros no Vale do Paraíba, atendendo um total de 150 crianças de 8 a 18 anos. Esse projeto é fundamental para a inicialização musical e social dos jovens, primeiro porque oferece cultura a esta parcela da sociedade, tirando-os da ociosidade, oferecendo uma ocupação e, por que não, uma profissão.
Antes disso, a procura por parte da população de locais onde pudessem aprender a tocar um instrumento fez com que em 12 de março de 2001, por meio dos esforços do então secretário da cultura José Celso e do prefeito Mario Fabri Filho, fosse assinado o decreto que criava a Escola Municipal de Música de Queluz, que em homenagem a um notável músico queluzense recebeu o nome de Antônio Sérgio Camilo.
A missão da Escola de Música, vai muito além do ensinar. Ela educa para a vida. Desenvolve a disciplina, a autoestima e a sociabilidade. Forma, antes de tudo, o cidadão. É claro que muitos poderão vir a tornarem-se profissionais, atuando em orquestras, bandas, conjuntos, igrejas, nas escolas etc.
Trilhando o caminho da profissionalização, a Escola Municipal de Música Antonio Sérgio Camilo possui uma banda marcial e sinfônica sob a regência do professor Leandro Alves, um conjunto de metais sob a orientação dos professores Leandro Alves e Janderson Rodrigues Sabino, uma Big Band (orquestra com formação instrumental das bandas de baile das décadas de 40 e 50. No Brasil, com esta formação, tivemos a famosa Orquestra Tabajara) e um quarteto de Saxofones sob a direção do professor Vinicius Borges Arruda. Conjuntos esses que se apresentam em várias cidades do Vale do Paraíba, incrementando movimentos culturais e também, e principalmente, levando ao público a possibilidade do encontro com todos aqueles sentimentos que uma verdadeira obra de arte suscita na alma humana.